Entrevista

Salto em entrevista
Canções com sabor a verão

capa-001.jpgAntes de mais, como foi o ano de 2014 para os Salto?

Foi um ano muito bom. Dedicámo-nos principalmente à composição do novo álbum, embora tenhamos também dado alguns concertos. Ao mesmo tempo, a banda cresceu em número de elementos. Somos agora quatro. Juntaram-se a mim e ao Luís [Montenegro], o Tito [Romão] e o Filipe [Louro]. Foi, portanto, um ano muito positivo, entre ensaios, concertos e a composição do novo álbum. Estamos contentes com que o fizemos até agora e otimistas face ao que vem aí. 

É melhor trabalhar numa equipa de quatro pessoas?

É diferente. São mais pessoas com quem discutir ideias, mais cabeças a contribuir para uma criação. É também uma mais-valia em palco. Antes tínhamos de nos desdobrar por diversos instrumentos, agora estamos mais à vontade para dialogar musicalmente com o resto da banda e com as pessoas que nos estão a ver e ouvir. 

O primeiro avanço do novo disco [«Mar Inteiro] já é conhecido. Que feedback têm recebido?

Tem sido bom. É uma música bastante solarenga, por isso, é interessante ter saído no inverno. As pessoas gostam quase sempre mais do verão e, ao ouvir esta nossa canção, podem, pelo menos, imaginar que estão no verão (risos). O feedback tem sido bom e ao vivo a música tem sido bem recebida. Já há algumas pessoas que a cantam, o que é um bom sinal. É um bom cartão-de-visita para o que vem em 2015. 

A sonoridade da vossa música é influenciada por algum grupo ou época em especial?

Não. Nós somos pesquisadores incansáveis de música, por isso, todos os dias ouvimos música nova e isso acaba por nos influenciar. Não há nenhuma época em especifico que esteja mais vincada na nossa música, mas é evidente que há pessoas que nos dizem que ouvem influências dos anos 80, 90, até mesmo do século XXI... São influências que surgem naturalmente, sem serem calculadas. 

Em 2015 há novo disco. As gravações estão concluídas?

Já gravámos bastantes músicas. Nós realizamos todas as fases do processo, desde a gravação à produção. Colaboramos também com alguns técnicos nossos amigos, que se encarregam de fases como a remistura e a masterização, mas é um processo em que estamos sempre envolvidos, até porque estudamos produção musical no Porto, na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo.

Salto_Facebook2-001.jpgAs novas tecnologias têm trazido à luz ferramentas que permitem explorar novas sonoridades. Criar sons novos é um desafio para os produtores?

Sim, o desafio é hoje maior porque o público está cada vez mais informado. Cada vez se ouve mais música e com um espírito crítico maior. Também nós, como ouvintes, temos mais referências do que teríamos há alguns anos, porque existe um acesso muito fácil a música. Mas há sempre maneira de nos ultrapassarmos e de trazermos alguma frescura a uma arte que é tão antiga como a música.

Os novos temas abrangem diversos estilos musicais ou estão na linha do primeiro single?

O álbum será uma viagem. É característico das nossas produções haver elementos que são comuns a várias músicas, de modo a garantir a coesão do álbum, mas existe, também, uma série de outros elementos que nos transportam numa viagem por várias paisagens sonoras.

Há alguma inspiração especial para a criação dessas paisagens sonoras?

É a música diversificada que ouvimos, os nossos diferentes gostos e a vontade de partilharmos o nosso trabalho com as pessoas. Queremos transmitir a quem nos ouve a alegria que temos em fazer música. Isso reflete-se na música e nas letras, que são muitas vezes sobre o quotidiano.

Garantido o lançamento do novo álbum em 2015, haverá mais surpresas?

Sim, há mais algumas surpresas. Entre o lançamento do disco e de mais alguns conteúdos que estamos a preparar, há também uma nova faceta dos Salto que assumimos no ano passado. São uma espécie de compilações de música eletrónica, também da nossa autoria, mas que vivem um bocado à parte dos álbuns da banda. Chamam-se «Beat Oven». Lançámos a primeira edição no ano passado e este ano deverá sair uma nova. Além disto, esperamos dar muitos concertos.

Hugo Rafael - Rádio Condestável
Textos de Tiago Carvalho
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