Pop-Rock feito com amor
A paixão segundo Matthew
Jorge Filipe Alves é "Matthew.", um jovem de 25 anos, natural do
Porto, que apresenta uma sonoridade pop-rock com fusões de folk e
eletrónica. Depois de em 2017 embarcar numa jornada a tocar nas
ruas da Irlanda, Escócia e Inglaterra, decidiu que as suas canções
mereciam um lar à altura. Nasce então "Love Is Like a Cars Race":
mais que um álbum, é o registo do seu crescimento tanto artístico
como pessoal.
"Matthew." é o teu nome artístico. Porquê essa
escolha?
É uma pergunta muito frequente, mas nunca sei o que responder
(risos). A escolha deste nome artístico aconteceu de forma muito
natural. Foi algo que me ocorreu e com que me identifiquei. Hoje é
quase uma imagem de marca.
Pode-se dizer que é espécie de alter-ego?
Sim, pode-se dizer que é um alter-ego. Uma outra face minha. Tenho
outros projetos musicais e este contém aspetos que não existem nos
outros.
É um projeto a solo que foi construído numa jornada que fizeste
fora de Portugal. Mas tudo começou muito cedo, não foi?
Sim, comecei a pegar na guitarra aos 14 anos. A paixão alargou-se
depois à composição e ao estudo da música em geral. Nunca me foquei
num só estilo porque sempre gostei de explorar a música. Desde
sempre, senti uma onda de paixão crescente pela música, em especial
por criar música, que é algo que me fascina e me traz muita
felicidade… e felicidade é vida, não é?!
Completamente! Esta é então a Paixão segundo
Matthew?
Sim (risos).
Referes que começaste cedo a tocar guitarra e a compor. Mas há
cerca de três anos quiseste dar um passo distinto…
Exatamente. Estava a fazer trabalho de "busker", que é basicamente
tocar na rua, durante uma semana na Irlanda, na Escócia e depois
outra semana na Inglaterra. E eis que me deu na cabeça dar um
grande passo na minha carreira. Cheguei a Portugal e decidi começar
uma carreira a solo, juntar o material que tinha escrito e gravar
um álbum que é o "Love Is Like a Cars Race".
A tua estreia a solo são as tuas histórias, é
isso?
É tudo escrito e composto por mim. Apesar de ter apoio a nível da
produção das músicas. No entanto, por exemplo, os instrumentos são
praticamente todos tocados por mim. Foi um trabalho que me deu
muito prazer. Este álbum é basicamente a capa da minha história, do
meu livro.
E já agora que história é essa?
"Love Is Like a Cars Race" é um conjunto de histórias sobre o amor
na vida. Conforme o título indica o amor é uma corrida de carros.
Canto sobre as várias fases que uma pessoa atravessa, os vários
amores que encontra na vida, não só com outras pessoas, mas também
o amor próprio, que por vezes é descurado. Digamos que o álbum é um
conjunto de histórias, de experiencias e vivências.
Como é que adjetivarias este álbum em duas
palavras?
Sonho realizado!
O que sentiste quando tiveste esse sonho finalmente nas
tuas mãos?
Foi um processo de dois anos de gravações, mais dois meses à espera
que saísse da gráfica. Quando recebi os CDs em casa senti uma
felicidade arrebatadora.
Que feedback tens recebido das pessoas que ouviram o
álbum?
Tem sido ótimo. O feedback menos positivo deve-se ao facto de ser
cantado em inglês (risos). Mas de resto quem dá uma chance ao disco
não consegue ficar indiferente. Sei até de crianças que obrigam os
pais a passar o CD no carro vezes e vezes sem conta!
E porquê cantar em inglês?
Todos os meus outros projetos são em português. Portanto, foi um
virar de página, um novo desafio. Tenho também o objetivo a longo
prazo de dar concertos pela Europa fora e o inglês facilita essa
meta. Mas sobretudo foi uma questão de querer experimentar.
Futuramente vou voltar ao português. O meu próximo trabalho será um
EP completamente em português, com 4 a 5 músicas.