Uma birra e agora?
Desde que nasce, o bebé percebe que é através do
choro que consegue aquilo que necessita. O choro traz até ele a mãe
para o alimentar, o choro faz com que mudem a fralda, o choro
traz-lhe a atenção que ele precisa. Muitas crianças, desde
pequeninas, não são ensinadas pelos pais a controlar a ansiedade
sozinhas. Por vezes, por muito que custe é necessário deixar
chorar, e deixar que o bebé se saiba acalmar. Quando isto não
acontece, a criança sentir-se-á sempre tentada a recorrer ao choro
para ter aquilo que precisa, um bom exemplo disso é a comum
birra.
Quantas vezes assistimos nos
centros comerciais, a crianças que esperneiam aos gritos no chão,
ou que gritam até mais não e vemos os pais desesperados a ceder aos
pedidos destes ou a pedir "por favor não chores mais". Errado, este
comportamento por parte dos pais só faz com que cada birra seja
pior, com que cada vez a criança peça mais e olhe menos para o que
depois consegue. O ideal? Ignore, diga um "não" assertivo e
afaste-se. Se a criança chora, se atira para o chão, grita, deixe
chorar, diga por exemplo "olha vou-me embora, ficas aí?" e
afaste-se. Ela perceberá que a autoridade é sua, que não adianta
espernear. Se lhe doer muito ter essa atitude, pense que um dia
isso vai ajudar o seu filhote a lidar com as contrariedades da vida
e vai ajudá-lo a ser feliz e satisfeito com aquilo que tem
Andreia Ribeiro
Estudante de psicologia da Universidade de Lisboa