Febre de sábado à noite
No Maka
O single «Stick Up» tem a colaboração de DMOL. Como
surgiu essa parceria?
Quando estávamos a compor a base
instrumental, sentimos que tinha potencial para ser algo
interessante, se conseguíssemos encontrar uma voz internacional
para dar vida à canção. O DMOL é um músico com uma voz fantástica,
por isso decidimos convidá-lo. O resultado ficou muito bom. O
instrumental é nosso e a letra e voz são dele.
Dado que se trata de um
artista internacional sentiram o feedback
além-fronteiras?
Sim. Acabámos por sentir isso. Em
alguns países já nos seguem por causa dos nossos remixes, mas este
tema em concreto, como é cantado em língua inglesa, acaba por
chegar a mais pessoas. Sentimos esse feedback sobretudo na América
Latina. As pessoas percebem letras cantadas em inglês e
gostam de música Afro. Até aqui os nossos temas tinham sido
interpretados sempre em português. Para nós foi uma novidade
agradável.
Quanto tempo demoraram a
fazer o instrumental do «Stick Up»?
Não demorou muito tempo a ser
feito. Ficou é algum tempo em "stand by" até definirmos o que
pretendíamos fazer com ele e decidirmos avançar.
Quando compõem originais têm já uma
ideia de qual seria a voz certa para os cantar?
A maioria dos temas não é planeado
dessa maneira. Mas, de vez em quando, abordamos algumas pessoas que
achamos que teriam a voz certa para os interpretar.
Estão a preparar um novo
álbum. Há novidades que possam adiantar? Algum "timing" definido
para edição do disco?
Talvez até ao fim do ano. É um
álbum que não tem nada a ver com aquilo que fizemos até agora. A
ideia é mostrar um pouco o que é um espetáculo de No Maka, que é a
fusão de uma série de estilos e influências. Temos tudo ali, desde
Zouk ao Kuduro, ao R'n'B, ao Afro, Trap, Moombahton, sempre com
aquele beat característico de No Maka.
E haverá algum lançamento
entretanto?
A ideia é lançarmos um original que
está a ser produzido. Pensamos que sairá em breve. Queremos que no
verão faça companhia aos temas «Stick Up» e «Lessons of love».
A vossa sonoridade dentro
do Afro House foi estratégica ou é a sonoridade que mais vos
identifica?
Houve um estudo de mercado. Mas
também gostamos da sonoridade Afro, talvez hoje mais do que há
cinco ou seis anos. Hoje conseguimos criar a nossa sonoridade. Um
dos maiores elogios que nos dão é reconhecerem de imediato um beat
de No Maka quando o ouvem. Embora os beats sejam diferentes uns dos
outros, nota-se o toque que nos define.
Têm tido atuações de norte a sul
do país?
Temos andado sempre a correr de um
lado para o outro.
É mais interessante tocar
em clubes ou em festas académicas?
É diferente. Já estivemos em palcos
enorme e em festas mais pequenas. Há espaço para tudo. Nos espaços
pequenos gostamos de ter a malta próxima de nós, mas nas semanas
académicas o ambiente de festa também é fantástico. Dá uma grande
adrenalina.
O set list muda consoante o
palco?
É sempre na mesma linha. Seja o
espaço pequeno ou grande, aberto ou fechado, queremos que a malta
ouça No Maka. O nosso espetáculo tem muita construção nossa,
apresenta coisas exclusivas. Com isso conseguimos surpreender o
público.
Hugo Rafael (Rádio Condestável) com textos de Tiago Carvalho
Facebook Oficial