Entrevista

Febre de sábado à noite
No Maka

20986_719338204845539_6444552862133045486_n.jpgO single «Stick Up» tem a colaboração de DMOL. Como surgiu essa parceria?

Quando estávamos a compor a base instrumental, sentimos que tinha potencial para ser algo interessante, se conseguíssemos encontrar uma voz internacional para dar vida à canção. O DMOL é um músico com uma voz fantástica, por isso decidimos convidá-lo. O resultado ficou muito bom. O instrumental é nosso e a letra e voz são dele.

Dado que se trata de um artista internacional sentiram o feedback além-fronteiras?

Sim. Acabámos por sentir isso. Em alguns países já nos seguem por causa dos nossos remixes, mas este tema em concreto, como é cantado em língua inglesa, acaba por chegar a mais pessoas. Sentimos esse feedback sobretudo na América Latina.  As pessoas percebem letras cantadas em inglês e gostam de música Afro. Até aqui os nossos temas tinham sido interpretados sempre em português. Para nós foi uma novidade agradável.

Quanto tempo demoraram a fazer o instrumental do «Stick Up»?

Não demorou muito tempo a ser feito. Ficou é algum tempo em "stand by" até definirmos o que pretendíamos fazer com ele e decidirmos avançar.

10991244_693743874071639_6442201480098960204_n.jpgQuando compõem originais têm já uma ideia de qual seria a voz certa para os cantar?

A maioria dos temas não é planeado dessa maneira. Mas, de vez em quando, abordamos algumas pessoas que achamos que teriam a voz certa para os interpretar.

Estão a preparar um novo álbum. Há novidades que possam adiantar? Algum "timing" definido para edição do disco?

Talvez até ao fim do ano. É um álbum que não tem nada a ver com aquilo que fizemos até agora. A ideia é mostrar um pouco o que é um espetáculo de No Maka, que é a fusão de uma série de estilos e influências. Temos tudo ali, desde Zouk ao Kuduro, ao R'n'B, ao Afro, Trap, Moombahton, sempre com aquele beat característico de No Maka.

E haverá algum lançamento entretanto?

A ideia é lançarmos um original que está a ser produzido. Pensamos que sairá em breve. Queremos que no verão faça companhia aos temas «Stick Up» e «Lessons of love».

A vossa sonoridade dentro do Afro House foi estratégica ou é a sonoridade que mais vos identifica?

Houve um estudo de mercado. Mas também gostamos da sonoridade Afro, talvez hoje mais do que há cinco ou seis anos. Hoje conseguimos criar a nossa sonoridade. Um dos maiores elogios que nos dão é reconhecerem de imediato um beat de No Maka quando o ouvem. Embora os beats sejam diferentes uns dos outros, nota-se o toque que nos define.

11141120_725911114188248_187148983517176659_n.jpgTêm tido atuações de norte a sul do país?

Temos andado sempre a correr de um lado para o outro.

É mais interessante tocar em clubes ou em festas académicas?

É diferente. Já estivemos em palcos enorme e em festas mais pequenas. Há espaço para tudo. Nos espaços pequenos gostamos de ter a malta próxima de nós, mas nas semanas académicas o ambiente de festa também é fantástico. Dá uma grande adrenalina.

O set list muda consoante o palco?

É sempre na mesma linha. Seja o espaço pequeno ou grande, aberto ou fechado, queremos que a malta ouça No Maka. O nosso espetáculo tem muita construção nossa, apresenta coisas exclusivas. Com isso conseguimos surpreender o público.

Hugo Rafael (Rádio Condestável) com textos de Tiago Carvalho
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