NORTON
Indie Rock para iluminar corações
Cinco anos depois do último álbum, os
Norton estão de volta às canções. Banhada por um indie rock
luminoso, a banda de Castelo Branco tem um regresso inspirado e
radiante. Os Norton são Pedro Afonso, Rodolfo Matos, Leonel
Soares e Manuel Simões. Pedro Afonso, o
vocalista, desvenda um pouco do que vem aí.
«Changes» é o título do vosso novo single. Que mudanças
nos trazem os Norton?
Há muitas mudanças. Não estivemos propriamente parados, mas tendo
em conta que passaram cinco anos desde o nosso último disco, muitas
mudanças aconteceram na vida banda.
Ainda assim, e apesar do título, a canção tem a sonoridade
característica dos Norton.
Sim. É a continuação do trabalho que temos vindo a desenvolver em
17 anos de banda e do desenrolar das várias experiências vividas
nesse trajeto. Essas experiências refleten-se em cada disco que
lançamos.
E o próximo disco já está a ser criado…
Sim. Lançámos agora o tema «Changes», que é o primeiro
cartão-de-visita deste disco. E estamos praticamente a terminar o
disco.
Começando pelo «Changes», que já roda nas rádios, o que me
podes dizer?
Penso que a música reflete aquilo que foram as nossas vidas nos
últimos cinco anos. Aconteceram muitas mudanças nesse período de
tempo. Mudanças de emprego, mudanças de cidade, o nascimento de
filhos, o final de relações... Comecei a escrever a letra da
«Changes» durante uma viagem aos Açores que fiz com a minha
namorada, em 2017, e a letra bebe aí um pouco da inspiração.
A canção tem um som luminoso.
Senti um orgulho enorme na gravação da «Changes». Quando sentes
isso, acho que esse sentimento chega a quem ouve. Tenho a certeza
que a música vai conquistar o seu espaço no nosso planeta e vai
ajudar a mudar o dia de muitas pessoas.
É o pontapé-de-saída para o novo trabalho. Que novidades
podemos esperar?
Não quero adiantar muito sobre o disco, mas iremos certamente
surpreender quem nos acompanha. Temos algumas canções mais
arriscadas, em que saímos um pouco da nossa zona de conforto. Podem
esperar, portanto, um disco na linha muito própria dos Norton, mas
com coisas novas.
Quiseram desafiar-vos com novas abordagens?
Claramente. É um disco conceptual. O conceito está trabalhado do
princípio ao fim do disco. Em termos líricos tudo tem um sentido
muito concreto. Pode dizer-se que são várias histórias que se
juntam e batem certo umas com as outras.
O disco anterior («Norton») teve um impacto forte, mesmo
além-fronteiras.
É verdade. Teve algum impacto em Espanha, na Alemanha e no Japão.
Em particular, é incrível o apetite que o Japão tem pelos
Norton.
Como é que se capta o público do Japão?
É curioso! Por um lado as novas tecnologias ajudam-te a levar a
música a qualquer parte do globo, por outro tens a cultura japonesa
que tem influências americanas muito fortes. Tudo o que não da
Inglaterra ou dos Estados Unidos tem dificuldade em entrar no
mercado japonês. Mas quando lhes chega música de outros lugares - e
nós tivemos a sorte de nos convidarem para editar o nosso disco
"Kersche" no Japão - eles também recebem muito bem.
Está a caminho o novo álbum dos Norton. Já tem data de
lançamento?
Deve sair em 2020. O disco já está todo pensado. Começámos a
reunir material em 2016, pouco a pouco. Mas quando chegámos do
Japão sentimos a necessidade de fazer um refresh. Toda a
experiência teve um impacto tão forte que parámos para refletir
sobre o que queríamos fazer a seguir. Mais tarde começámos a reunir
material e a compor coisas novas. No último ano e meio temos
trabalho de forma mais intensa o disco, e acreditamos que as
pessoas vão ficar agradavelmente surpreendidas.
Ricardo Coelho | Tiago Carvalho
Rádio Castelo Branco | Edição de Texto
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