Castelo Branco
Esart avança de vez!
A construção da nova
Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, no Campus da
Talagueira, vai mesmo avançar, depois de no passado dia 13 de
abril, o secretário de Estado da Economia ter manifestado ao
presidente do Instituto Politécnico o carater de exceção da obra e
dos gestores do Programa Operacional de Valorização do Território
(POVT) terem dado parecer positivo à sua
execução.
Carlos Maia mostra-se "esperançado
que a obra avance de vez". Com estas duas decisões fica
ultrapassado o obstáculo criado pela resolução do Conselho de
Ministros que determina, no âmbito do Quadro de Referência
Estratégico Nacional (QREN) "a rescisão das decisões relativas à
aprovação de operações, há mais de seis meses, sem execução física
e financeira, e a reavaliação imediata dos programas orientando a
sua reprogramação para o crescimento, a competitividade e o
emprego".
O presidente do IPCB revela que
"depois de apresentarmos todo o processo ao Ministério da Economia,
o secretário de Estado entendeu a que a execução da obra está
dentro do regime de exceção que a própria resolução do Conselho de
Ministros prevê".
Após a reunião que manteve com
aquele membro do Governo Carlos Maia ficou a aguardar pelo parecer
positivo dos gestora do POVT, que é responsável pelo financiamento
dos fundos comunitários. Algo que aconteceu na tarde desse mesmo
dia. "Desta forma estão criadas as condições para que o ministério
ou o Conselho de Ministros autorize a construção da Esart".
Carlos Maia recorda que o "concurso
público para a execução da obra está a decorrer, estando neste
momento inscritos cerca de 40 empresas". O Ensino Magazine apurou
que entre eles estão as maiores construtoras do país.
Como o Ensino Magazine anunciou, a
construção da Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart) chegou a
estar em risco. Depois da componente nacional estar garantida pela
câmara albicastrense, dos fundos comunitários assegurados e do
Ministério da Educação ter dado ordem para o lançamento do concurso
público, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução
contrária.
O problema resumia-se ao facto da
construção da Esart ainda não ter qualquer execução física, já que
só há cerca de um mês o Ministério da Educação e Ciência deu luz
verde para que o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)
pudesse lançar a obra a concurso, o que já aconteceu.
Aquela situação obrigou o presidente
do IPCB a novas diligências e levou mesmo a deputada socialista
Hortense Martins, eleita por Castelo Branco, a questionar os
ministérios da Economia e da Educação sobre este assunto. A
resposta à deputada socialista indicava que o POVT daria um parecer
na passada sexta-feira, o que aconteceu.
O caricato de toda esta situação, é
que a obra já tinha o seu financiamento assegurado, quer pelos
fundos comunitários (através do POVT - e eram esses que agora o
Governo colocava em risco), quer pela componente nacional (através
da Câmara de Castelo Branco, que se substituiu ao próprio Governo,
garantindo as restantes verbas para a obra).
O custo da nova Esart é de cerca de
cinco milhões de euros e tem o financiamento comunitário de 70%,
sendo o restante pago pela autarquia, o que faz com que o Orçamento
de Estado não tenha qualquer custo.
Recorde-se que o processo para a
construção de instalações definitivas para a Esart data de 2000,
estando aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência.
De referir que a Esart foi criada em
1997 e ocupa instalações provisórias na Escola Superior Agrária de
Castelo Branco, tendo neste momento 744 alunos em sete cursos de
licenciatura e cinco de mestrado.
Para Carlos Maia, "a construção da
escola será uma obra emblemática para a cidade e para a região. O
novo bloco pedagógico vai garantir melhores condições de ensino e
mais prestação de serviços à comunidade a uma escola que apesar da
sua idade tem um grande prestígio a nível nacional e internacional
e que tem ganho diversos prémios não só em Portugal como no
estrangeiro", disse.
A própria Assembleia Municipal de Castelo Branco aprovou por
unanimidade o protocolo entre a autarquia e o Instituto
Politécnico, no sentido de ser a Câmara a assumir a componente
nacional da obra.