Ganhar só um dólar é vaidade
Loureiro premiado no Minho
Gilberto
Loureiro, professor da Escola de Economia e Gestão (EEG) da
Universidade do Minho, acaba de concluir uma investigação cujos
resultados mostram que a política remuneratória de alguns grandes
gestores, que auferem um salário de apenas um dólar, surge mais
como uma forma de promoção pessoal.
Neste caso estão diretores
executivos de grandes empresas americanas que ganham um salário
mensal de 1 dólar… Esta situação é partilhada por Roger Enrico,
ex-presidente da PepsiCo, William Ford Jr., presidente da Ford, e
Kosta Kartsotis, presidente da Fossil, entre outros.
Em Portugal, o método não se aplica
porque ainda não existem líderes "comparáveis a estes". Mesmo
assim, aquela não seria a solução adequada para aumentar a
eficiência e a competitividade das empresas portuguesas, garante o
especialista, distinguido com o Prémio de Investigação da EEG
2012.
O objetivo do estudo era perceber o
que motivaria alguns destes líderes a adotarem uma política
semelhante. Das três hipóteses delineadas, a mais recorrente é a
"estratégia de camuflagem". Nesta situacção, os diretores usam o
salário de 1 dólar como promoção pessoal: "Os responsáveis adotam
estes esquemas remuneratórios para esconder outras formas de
rendimentos menos visíveis e baseadas em ações", explica o
professor.