Entrevista

Jorge Palma em entrevista
«Apetece-me escrever meia dúzia de coisas novas»

10983178_10152760709798790_3546335839562808_n.jpgÉ uma figura incontornável da música portuguesa, com uma carreira de mais de 40 anos, marcada por êxitos como «Deixa-me Rir», «Bairro do Amor», «Estrela do Mar" ou «Jeremias, o Fora da Lei». Jorge Palma, na primeira pessoa.

O mais recente disco foi editado em 2011. Poderá haver surpresas este ano com a edição de um novo álbum de originais?

Eu gostava que sim, mas tem sido uma correria muito grande. Muitos concertos em meu nome, trabalhos com o grupo Tais Quais, que envolve ainda o Tim, o Vitorino e  o Gil, entre outras pessoas. Estou a trabalhar com Sérgio Godinho num espetáculo em conjunto... É uma questão de tempo, arranjar disponibilidade para escrever umas canções. Apetece-me escrever meia dúzia de coisas novas, pelo menos. Mas quero gravar este ano ainda.  Não sei é se será possível [o álbum] sair este ano.

Tem tocado temas inéditos ao vivo?

Não, estou a percorrer os anos de discografia. Costumo fazer alinhamentos sempre diferentes, onde percorro os meus discos todos.

No seu currículo são muitas as colaborações. Dos Cabeças no Ar aos Rio Grande e, agora, os Tais Quais. Esse espírito de partilha agrada-lhe?

Muito, por isso, mantém-se. No ano passado dei concerto com o João Pedro Pais, o Paulo Gonzo, o Sérgio Godinho. Dá-me muito gozo.

Seria melhor se em Portugal houvesse mais esse espírito colaboração?

Isso não sei. Em termos de composição sou um bocado solitário. São letra e música minhas. Mas em termos de colaborações em discos, isso tem acontecido. O pessoal convida-me e eu tenho muito gosto em colaborar.

É um dos nomes fortes da música portuguesa. Como tem assistido à evolução da música nacional?

Vejo aparecerem pessoas em todas as áreas, desde o fado ao hip hop, com muita qualidade. Há muitos bons músicos a aparecer, talvez mais a interpretar do que escrever. Mas mesmo nessa área há o Miguel Araújo ou o António Zambujo, que são muito bons. Temos aí muito boa gente, o país é que é pequenino (risos).

Continua a ser fácil para si ter inspiração para criar coisas novas?

Sim, a inspiração é algo que se procura quando escrevemos. Acaba sempre por sair alguma coisa de jeito. Com mais ou menos trabalho, as coisas saem. Chega-se lá.

Projetos para o que falta de 2015, quais são?

É ter arcaboiço para cumprir o programa todo que já tenho marcado. E, no meio disso tudo, ver se escrevo umas canções fixes.

Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável); Texto: Tiago Carvalho
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
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