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João Morais Inácio
Realizador de corpo e alma

JMI4.jpgTem 25 anos, chama-se João Morais Inácio, e é um dos jovens realizadores portugueses. Com licenciatura em cinema e mestrado em Design Multimédia, e a paixão pelo cinema vem desde pequeno.

"Esta paixão foi aparecendo na minha vida desde muito novo". É desta forma que João Morais Inácio descreve, o que para ele é a produção e realização de filmes. Tudo o que faz, fá-lo com paixão. Talvez, por isso, a sua primeira curta-metragem, a ser exibida para o grande público, fosse ''A Paixão do Operário''. Uma curta-metragem que retrata, de forma romanceada, a sociedade covilhanense nas décadas de 1950 e 60, no auge do seu império fabril.

Aos cinco anos de idade João Morais Inácio já pegava na máquina de filmar do irmão, para fazer os seus pequenos filmes, filmando o que lhe aparecia. Aos 12 anos, elaborou uma história e montou o seu primeiro filme. Contou sempre com o apoio dos familiares, para seguir a sua carreira de sonho. Licenciou-se em Cinema, na Universidade da Beira Interior, na qual frequentou, depois, o mestrado em Design Multimédia. A universidade deu-lhe as ferramentas que precisava para colocar em prática a sua ambição.

''De múltiplas aptidões no mundo artístico'', é desta forma que João Morais Inácio se sente, pois, para além de produtor e realizador, é ainda compositor de música e músico. Algo que ele considera importante para quem trabalha no mundo artístico e que se reflete nos trabalhos que faz.

Quando terminou o mestrado, em 2014, criou a sua própria empresa a M4M Productions, sedeada no New Hand Lab, na Covilhã. Nos trabalhos que realizou, até ao momento, teve poucos apoios financeiros, sendo que é o entusiasmo por aquilo que faz que não o deixa desistir de seguir a carreira de sonho, e continuar a trabalhar na Covilhã, cidade onde cresceu e se formou.

No entanto, a possibilidade de sair da sua cidade, ''para enriquecer a experiência profissional'', não está fora de questão. João Morais Inácio reconhece que existem muitas dificuldades para aceitar trabalhos de cineastas em início de carreira: ''é difícil encontrar pessoas que acreditem que sou capaz de produzir um filme com muito sucesso por ser demasiado jovem'' e a falta de apoios no interior do país, também não facilita.

Através da M4M, o cineasta covilhanense pretende ''conseguir fazer nascer o mercado cinematográfico no interior de Portugal'' e, assim, produzir filmes, com regularidade, gerar empregos, para além de captar novos talentos na área da representação.

"A Paixão do Operário" foi o primeiro trabalho que produziu e realizou, em 2016, com exibição ao público, no Teatro Municipal da Covilhã. A curta-metragem teve a participação de dois atores profissionais: Raquel Jacob e Pedro Rodil. Agora, tem em mãos um projeto novo, que o poderá levar às salas de cinema do país, segundo o próprio. "Mysteria e o feitiço da Aldeia", é um projeto muito ambicioso'' que contém vários géneros como suspense, romance, comédia, musical e drama. O argumento do filme, que será a sua primeira longa-metragem, baseia-se no evento Mysteria- A Aldeia Mysteria organizado pela freguesia onde reside, em Cantar-Galo e Vila do Carvalho, na Covilhã. Um filme que deverá estar concluído no final do ano, para estrear no início de 2018, onde participarão, novamente, Raquel Jacob e Pedro Rodil e, pelo menos, mais dois atores profissionais.

João Morais Inácio pretende com as suas histórias passar uma mensagem positiva: ''os meus filmes tendem a ser alegres, positivos, heroicos... No próximo filme tento colocar as pessoas em situações de decisões extremas, para que elas pensem como reagiriam. Quero dar alegria, entretenimento e ajudar a mudar o mundo para algo melhor.''



Apesar das dificuldades que tem sentido no ramo, João Morais Inácio, considera que é possível atingir o sucesso a partir da Covilhã, pois os novos meios de comunicação permitem estar presente em todo lado, quase no imediato, basta existirem os apoios certos. Para já sabe que quer produzir muitos mais filmes e lançar algumas músicas. E, desta forma pretende continuar a ''transmitir emoções e, se possível, mudar o mundo para melhor''.







 



 

Rosália Rodrigues
 
 
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