Escola

Relatório PISA, da OCDE
O bem-estar e ansiedade dos estudantes portugueses

alegria.jpgO Relatório PISA, divulgado dia 20 de abril pela OCDE, valoriza os itens de bem-estar e desenvolvimento integral dos jovens. Os dados, inseridos no terceiro volume daquele relatório internacional, indicam que os alunos portugueses (mesmo os que se sentem mais bem preparados) manifestam elevados níveis de ansiedade (69% vs. 55% na média da OCDE) em relação aos testes e às notas. No estudo merece igualmente destaque o aumento da percentagem de jovens com ligação à Internet, nos 97% em 2015, quando se fixava em 58% em 2006. Portugal encontra-se, aliás, entre os países da OCDE em que uma maior percentagem de jovens declara ter computadores portáteis em casa e está também entre os países da OCDE em que uma maior percentagem de jovens declara que a Internet é um excelente recurso para obter informação.

Em nota enviada ao Ensino Magazine, o Ministério da Educação considera que o relatório "contribui com um conjunto de dados que corroboram a aposta das políticas de educação do XXI Governo na consolidação das aprendizagens escolares, num contexto mais amplo de inclusão, desenvolvimento integral e bem-estar de todas as crianças e jovens".

No entender da tutela, "estes resultados certificam a aposta do Governo no fomento de uma política de avaliação centrada na sua dimensão formativa e ao serviço das aprendizagens".

Os dados recolhidos em 2015 identificam ainda em Portugal uma menor proporção de estudantes com expetativas de completar o ensino superior e um forte impacto do contexto socioeconómico sobre a motivação dos jovens para o sucesso escolar.

Por isso, o Ministério refere que "estas conclusões validam o investimento em políticas que apostam numa maior inclusão de todos os alunos, no combate à retenção em particular junto das populações mais vulneráveis".

Na comparação internacional, o estudo destaca o caso português pela positiva, pelo envolvimento da larga maioria das famílias no acompanhamento da vida escolar dos seus educandos, pelo sentimento generalizado de pertença dos alunos às suas escolas, assim como pela forte relação que existe entre a satisfação dos jovens com as suas vidas e o apoio dos professores.

"Confirma-se, assim, a adequação das políticas em curso de aprofundamento das estratégias de intervenção definidas nas e pelas escolas, num quadro de maior confiança, autonomia e flexibilidade, permitindo uma maior participação dos professores, dos estudantes e das suas famílias", diz o ministério, que sublinha a "aposta na construção de um Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar a partir das propostas de cada escola e baseado em soluções locais valoriza, precisamente, a dimensão comunitária e o reconhecimento do envolvimento dos professores na construção do percurso escolar de cada aluno".



O III volume do Relatório PISA baseia-se nos resultados dos inquéritos e testes aplicados, em 2015, a uma amostra de 540 mil alunos de 15 anos, provenientes de 72 países e economias.







 



 

 
 
 
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