Universidade

Pós-graduação
Évora e Setúbal juntos na aeronáutica

evora2.jpgA primeira pós-graduação em associação na área da aeronáutica entre a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Setúbal pode ser uma realidade já em setembro, informou a universidade em nota de redação. Essa foi a vontade expressa por Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, na sessão de assinatura de um protocolo de colaboração entre as duas instituições que decorreu hoje, dia 27 de março, na Universidade de Évora.

A possibilidade de formação pós-graduada, não conferente de grau académico, mas que siga as orientações mais gerais dos cursos de 2º e 3º ciclos e, sempre que possível, permita a creditação para posterior integração nos níveis de formação avançada é o destaque deste acordo interinstitucional que pretende reforçar a formação pós-graduada e a investigação científica e tecnológica em Aeronáutica, sem descurar a internacionalização, ao prever parcerias com instituições de mérito de outros países nesta área.

Na mesma nota, publicada no jornal online da universidade, é referido que estas duas instituições de ensino superior a sul do Tejo apresentam já uma prática de trabalho com garantias de qualidade no ensino da Engenharia Mecatrónica e da Engenharia Mecânica-vertente Produção Aeronáutica. No envemtanto, com este acordo procuram reforçar um trabalho conjunto numa área "crucial para o desenvolvimento do país", como sublinhou Pedro Dominguinhos, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal. O responsável do Politécnico setubalense considera mesmo estarmos perante "o único setor no mundo onde podemos prever neste momento como se encontra a 20 anos", que é "fortemente internacionalizável", que "cria valor, exporta, forma e pode atrai recursos humanos qualificados para os territórios". Estes, "não nos perdoariam" destaca, "se não tivermos capacidade de desenvolver projetos que vão de encontro às suas necessidades, sejam elas formativas, de investigação ou na resolução de problemas concretos", sublinhou.

A preocupação com o território foi igualmente defendida por Ana Costa Freitas. Para a reitora da UÉ "a nossa principal obrigação é com os territórios onde nos inserimos", e recorda que a UÉ tem vindo a apostar fortemente no cluster da aeronáutica, esperando que, na próxima avaliação da FCT, veja aprovado um Centro de Investigação nesta área.

A este propósito, recorde- se que a Universidade de Évora criou em 2017 uma cátedra dedicada à área aeroespacial, com os objetivos que passam pela investigação e pelo desenvolvimento de materiais e sistemas inovadores para a indústria aeronáutica, robotização e automação, assim como pela certificação de processos e integração de sistemas, estabelecendo ainda parcerias com diversas instituições nacionais e estrangeiras para o desenvolvimento desta área, nomeadamente com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica do Brasil (ITA), uma instituição universitária pública, especializada nas áreas de ciência e tecnologia no setor Aeroespacial, ou com diversas empresas e instituições alentejanas que, em conjunto, pretendem desenvolver o setor Aeronáutico alentejano, considerado a primeira de muitos etapas com vista ao aumento do investimento, do emprego e da inovação na região Alentejo.

 
 
 
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