Universidade

Medicamentos e idosos
Acompanhamento reduz consumo

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Muitos problemas sentidos pelos idosos podem ser solucionados com acompanhamento que permita a correção de comportamentos sociais, evitando o recurso a medicamentos, o qual "nem sempre é feito de forma correta". O alerta foi dado por Amélia Augusto na edição de 2019 das Jornadas de Sociologia da Universidade da Beira Interior, subordinadas ao tema 'Saúde e Envelhecimento: dos indivíduos às políticas' e que decorreram, de 1 a 3 de abril, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

A docente do Departamento de Sociologia daquela faculdade alertou ainda para os problemas que o excesso de medicação causa aos idosos, pois os que estão internados em hospitais ou lares, muitas vezes tomam quantidades acima das necessárias e recomendáveis, chegando mesmo a ser medicados para problemas que não têm.

De acordo com um comunicado publicado pelo Infarmed no início deste ano, os portugueses consumiram mais quatro milhões de embalagens de medicação em relação ao ano passado. Os sociólogos que estudam o fenómeno defendem que o consumo de medicamentos antidepressivos não soluciona o problema. A resposta a estes problemas deve ser dada através de um acompanhamento dos comportamentos e da atividade social destes indivíduos. Os problemas dos idosos estão em grande parte das vezes ligados à solidão, ao abandono e à depressão.

As XI Jornadas de Sociologia contaram com palestras sobre diversos temas, desde a Política e Religião, até à Moda e às desigualdades sociais. Sendo a Sociologia uma ciência interdisciplinar, o objetivo deste evento foi "mostrar a todos os alunos como a Sociologia pode ser aplicada nas mais diversas áreas", explicou Miguel da Costa, membro da organização.

Juelma Pereira, Inês Salvador e Margarida Simões Gonçalves
 
 
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