IPCB
Poliempreende online
Pela primeira vez a fase regional do concurso
Poliempreende, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, foi
apresentada, no passado dia 22 de abril, em modo online devido à
pandemia por Covid-19, através de videoconferência. Destinada a
estudantes e diplomados, cujas equipas também podem integrar
docentes, a competição surgida no Instituto Politécnico de Castelo
Branco (IPCB) visa promover o espírito empreendedor na academia e a
criação de novos negócios de cariz inovador, com implantação
regional e potencial de crescimento.
A pandemia que o país e o mundo estão a viver, ditou também o
adiamento para 2021 da fase nacional, prevista para a região
autónoma da Madeira e na qual os proponentes das 18 entidades da
rede Poliempreende irão competir por prémios no valor de 10.000,
5.000 e 3.000 euros.
As candidaturas podem ser submetidas até 17 de junho em
https://pin.poliempreende.innovtek.net, estando previsto para 1 de
julho,o júri regional. Os prémios regionais são de 2.000, 1.500 e
1.000 euros, e a equipa vencedora irá representar o IPCB na
final.
Em nota enviada ao Ensino Magazine, António Fernandes, referiu
"esta é uma edição especial deste concurso de ideias, com outra
metodologia mas a que todos aderiram bem, tal como aconteceu em
relação ao modelo de ensino/aprendizagem agora adotado". Para além
do mundo dos negócios, são também novos desafios para o ensino
presencial, que no entender de António Fernandes deverá ampliar o
recurso às aulas a distância.
Antevendo-se a habitual montanha russa de adrenalina e esforço até
à apresentação do pitch, e apesar das condicionantes atuais, Nuno
Caseiro, coordenador institucional desta fase regional, desafia os
jovens a valorizarem e cultivarem as suas competências na
área.
A sessão virtual contou ainda com os testemunhos de dois
empreendedores. O consultor e docente Miguel Muñoz Duarte
(iMatch/NovaSBE) entende que as crises são excelentes propulsoras
para novas ideias, mas importa testar e validar o modelo de negócio
no mercado, mundo duro e incerto que não serve para tudo nem para
todos. Já Luís Lavoura (Bioexplant/Salys), fundador de uma empresa
dedicada à biotecnologia vegetal, desenvolveu um substituto para o
sal à base de salicórnia, já em distribuição numa grande superfície
e em quatro dezenas de lojas. A ideia do jovem de 27 anos, que
aposta também em temperos onde a planta desidratada é misturada com
ervas aromáticas, surgiu na Escola Superior Agrária do IPCB nos
laboratórios do Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira
Interior, permitindo manter o sabor e evitar os riscos associados
ao consumo de sal.