Redução de vagas no Superior
Politécnicos assumem esforço
O ensino superior politécnico é
responsável por 78 por cento do esforço de redução de vagas no
ensino superior público. Das 1202 vagas a menos apresentadas a
concurso para o ano lectivo de 2012/2013, 933 são da
responsabilidade de instituições do ensino superior politécnico
(ESP). De todas as instituições do ESP público, praticamente todas
mantiveram ou reduziram o número de vagas. Estes números são
especialmente relevantes se considerarmos que o ESP é responsável
por 45,4 por cento do total das vagas no ensino superior público
para o próximo ano lectivo.
João Sobrinho Teixeira, presidente
do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos
(CCISP), considera que este facto "corresponde ao esforço de
auto-regulação que o ESP está a fazer", constituindo "uma adaptação
à realidade do País e uma adequação da oferta à procura". O
presidente do CCISP adianta que este facto "é um exercício de
responsabilidade das instituições do ESP, na medida em que tem
igualmente em conta a empregabilidade de todos e cada um dos cursos
ministrados".
O Instituto Superior Politécnico
que mais vagas reduziu foi o do Cávado e Ave, com menos 220 vagas,
seguindo-se o de Setúbal, com 108, Castelo Branco, com 107, Tomar,
com 105, e Portalegre, com 102 vagas a menos. Beja (menos 86
vagas), Porto (77), Viseu (58), Leiria (39), Guarda (28) e
Santarém, com menos cinco, também diminuíram o número de vagas.
O ensino superior politécnico,
embora seja responsável por 45,5 por cento do total de vagas do
ensino superior público em Portugal, representa cerca de 30 por
cento dos custos globais do ensino superior.
Nos últimos anos, e em resultado de
processos de auto-regulação, a eficiência das Instituições
Superiores Politécnicas foi consubstanciada na diminuição da
dependência financeira (receitas do Estado/despesas totais) em 6,4
por cento, na diminuição das despesas por estudante em 1,1 por
cento, a par de um aumento do número de alunos em 9,5 por
cento.