Guarda e Salamanca
Plano para a raia feito a duas mãos
O Instituto Politécnico da Guarda
(IPG) e Universidade de Salamanca (USAL) apresentaram em julho um
plano de empreendedorismo para os municípios de fronteira da Beira
Interior Norte e Salamanca.
O Plano Integrado Transfronteiriço
de Apoio ao Empreendedorismo na Beira Interior Norte e Salamanca
(PITAE BIN-SAL) pretende dar conhecer os constrangimentos destes
territórios de fronteira, as lógicas de fomento ao empreendedorismo
nestes municípios, face aos problemas estruturais existentes,
apontando vetores de desenvolvimento e medidas para a promoção de
atividades que fortaleçam as atividades empresariais existentes e
criação de novas iniciativas de negócio.
Este plano foi desenvolvido por uma
equipa conjunta do Instituto Politécnico da Guarda e da
Universidade de Salamanca, no âmbito da iniciativa VIP BIN-SAL II,
promovida pela Diputacion de Salamanca através da OAEDER e da
Associação de Municípios da Cova da Beira, integrado no POCTEP:
Programa Operativo de Cooperación Transfronteriza de España -
Portugal
Saliente-se que o empreendedorismo
é uma das quatro áreas temáticas apresentadas no Plano Estratégico
CT BIN-SAL 2020 e está, também, enquadrado nos objetivos da
Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável
e inclusivo. Na medida em que a estratégia Europa 2020, no âmbito
do novo QEC (Quadro Estratégico Comum), assenta na focalização nos
resultados e procura maximizar o impacto do financiamento da UE, o
fomento do empreendedorismo assume-se de forma articulada nestas
linhas de orientação.
Para Gonçalo Fernandes
(vice-Presidente do Politécnico da Guarda e um dos autores do
Plano), "este trabalho permitiu estruturar informação e estabelecer
vetores de desenvolvimento, medidas e estratégias de
empreendedorismo multidimensional, que conjuguem a fixação e
atração de empreendedores e investidores"
Destacou, por outro lado, a
importância do desenvolvimento de "políticas públicas que reduzam
os custos de contexto associados a estas regiões, potenciado a
capacidade de atração e valorização dos recursos, o reconhecimento
da especificidade territorial e sua qualificação, a valorização
pela inovação nos produtos endógenos e a bonificação fiscal dos
investidores que pretendam instalar-se nesta região."