Lusofonia

Moçambique
Engenharia na África austral

uem.jpgA a10ª Conferência Anual de Cooperação Regional, que envolveu instituições superiores de ensino de Engenharias da região austral de África, decorreu entre 8 e 10 julho em Maputo.O evento é uma organização conjunta das Faculdades de Engenharia da UEM, de Dar-Es-Salaam (Tanzânia) e Makerere (Uganda) e pretendeu ser uma plataforma de troca de experiências em torno de temas específicos e de partilha dos resultados da investigação de modo que estas contribuam para o desenvolvimento da região.

A iniciativa contou com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional de Moçambique, Jorge Nhambiu, o qual realçou a importância do evento afirmando que ela constitui uma mensagem inequívoca dos cientistas e engenheiros regionais sobre o compromisso de refletirem e encontrarem soluções para os desafios de desenvolvimento impostos pelas realidades de cada país.

Segundo Jorge Nhambiu, a ocorrência e descoberta de substanciais reservas de recursos minerais nos países da região constitui uma oportunidade e desafio para a exercitação da capacidade e inteligência local.

Afirmou que para se atingir o tão almejado "bem-estar", os cientistas e engenheiros regionais jogam um papel fundamental assumindo o compromisso de desenvolvimento sustentável e ambientalmente benigno.

Por seu turno, a vice-reitora Académica da UEM, Ana Mondjana, apontou a transformação das riquezas nacionais em bem estar dos povos como o principal desafio actual da região. "Este desafio é dirigido à nossa capacidade de formar engenheiros em consonância com as reais necessidades das nossas economias e da economia global, por um lado, e de encontrar soluções inovadoras de engenharia para os problemas do dia-a-dia das nossas comunidades, por outro lado", frisou.

De acordo com a vice-reitora, as recentes descobertas de gás natural, de areias pesadas, de carvão mineral, e de petróleo, em Moçambique e as descobertas de gás natural na Tanzânia e no Uganda constituem exemplos de uma nova realidade regional. Para se fazer face a esta realidade, segundo ela, é necessário a partilha de esforços como cientistas e como instituições de ensino e de investigação.

A iniciativa acolheu 130 investigadores seniores e estudantes de pós-graduação. Desde a sua primeira edição, em 2004, este fórum já possibilitou um incremento significativo de docentes, investigadores e estudantes; a partilha de resultados de investigação e a co-supervisão de estudantes de pós-graduação com destaque para as áreas de energias renováveis, entre outros.

 
 
 
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