Universidade

Investigação em Aveiro
O chá que despolui a água

OsinvestigadoresPaulaMarquesGilGonçalvesMariaEduardaPereiraBrunoHenriqueseMercedesVila.jpgUma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) promete ajudar a resolver o problema da água contaminada com metais tóxicos diariamente libertada nos sistemas aquáticos do planeta, recorrendo ao chá de óxido de grafeno, cujas taxas de descontaminação são superiores às obtidas com os mais avançados e caros processos nesta área.

O êxito da apresentação do estudo no recente congresso internacional Graphene Week 2015 e a atenção que este mereceu da Royal Society of Chemistry, organização científica mundial dedicada à Química, antecipam a solução que os saquinhos de óxido de grafeno da UA prometem dar ao problema global das águas contaminadas por metais pesados.

Os estudos demonstraram que, com apenas 10 miligramas de óxido de grafeno por cada litro de água contaminada com 50 microgramas de mercúrio por litro de água, foi possível, ao fim de 24 horas, remover cerca de 95 por cento desse metal altamente perigoso para o sistema nervoso central.

"Não existe no mercado um produto que apresente as caraterísticas deste", garante Paula Marques, coordenadora da equipa que desenvolveu os saquinhos, um produto patenteado e que já suscitou o interesse de algumas empresas nacionais. De caminho, lembra que "foi já efetuada uma experiência comparativa com carvão ativado, o material mais comummente usado para este tipo de aplicações, tendo o óxido de grafeno mostrado uma eficiência muito superior".

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