Investigação em Aveiro
O chá que despolui a água
Uma equipa de
investigadores da Universidade de Aveiro (UA) promete ajudar a
resolver o problema da água contaminada com metais tóxicos
diariamente libertada nos sistemas aquáticos do planeta, recorrendo
ao chá de óxido de grafeno, cujas taxas de descontaminação são
superiores às obtidas com os mais avançados e caros processos nesta
área.
O êxito da apresentação do estudo
no recente congresso internacional Graphene Week 2015 e a atenção
que este mereceu da Royal Society of Chemistry, organização
científica mundial dedicada à Química, antecipam a solução que os
saquinhos de óxido de grafeno da UA prometem dar ao problema global
das águas contaminadas por metais pesados.
Os estudos demonstraram que, com
apenas 10 miligramas de óxido de grafeno por cada litro de água
contaminada com 50 microgramas de mercúrio por litro de água, foi
possível, ao fim de 24 horas, remover cerca de 95 por cento desse
metal altamente perigoso para o sistema nervoso central.
"Não existe no mercado um produto
que apresente as caraterísticas deste", garante Paula Marques,
coordenadora da equipa que desenvolveu os saquinhos, um produto
patenteado e que já suscitou o interesse de algumas empresas
nacionais. De caminho, lembra que "foi já efetuada uma experiência
comparativa com carvão ativado, o material mais comummente usado
para este tipo de aplicações, tendo o óxido de grafeno mostrado uma
eficiência muito superior".
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