Politécnico

IPCB e os doutoramentos
No caminho certo

antonio_fernandes (1).jpgAntónio Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, diz que a aprovação em Conselho de Ministro do decreto-lei que altera o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior e que abre a possibilidade das instituições de ensino superiores politécnicas poderem atribuir o grau de doutoramento, "é um bom sinal para as instituições de ensino politécnicas e também para a nossa. Mas também é exigente em termos de capacidade de investigação das instituições de ensino".
Em declarações ao Ensino magazine, o presidente do IPCB diz que a sua instituição "está no caminho certo, pois em outubro submetemos à FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) cinco unidades de investigação, as quais se juntam a uma outra já existente (Cernas - Centro de Estudos em Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade - Pólo de Castelo Branco). No futuro será dessas unidades que se poderá pensar no desenvolvimento de cursos de doutoramento".
Recorde-se que o IPCB propôs à FCT a criação de cinco unidades de investigação, a saber: Desporto, Saúde e Exercício (SHERU); Interdisciplinar - Comunidades Envelhecidas Funcionais (Age.Comm); Serviços, Aplicações e Conteúdos Digitais (DiSAC); Qualidade de Vida no Mundo Rural (QRural); e Património, Educação e Cultura (CIPEC).
Exigência parece ser a palavra de ordem do Governo que pretende acreditar os doutoramentos em universidades e politécnicos com regras muito rígidas, que dependerão da avaliação dos cursos e das instituições, nomeadamente da capacidade científica da instituição de ensino superior e não do subsistema em que esta se integra. Ou seja, terá que haver uma demonstração clara da investigação realizada e uma avaliação mínima de Muito Bom das unidades de investigação que lhes estão associadas.
António Fernandes diz que "agora há um trabalho exigente por parte das instituições. O caminho está aberto, mas cada uma das instituições terá que fazer o seu percurso. Este é um trabalho que tem que ser feito com os coordenadores das unidades de investigação e que permitirá também a realização de parcerias com outras instituições politécnicas e universidades".
Nesta matéria, o presidente do IPCB defende um "trabalho em rede" e através de consórcios. Facto que permitirá ter "massa crítica em determinadas áreas e tendo essa massa crítica podermos avançar para doutoramentos". António Fernandes diz que esta possibilidade reforça a "imagem das instituições politécnicas no país. É uma prova da investigação e da formação realizada".
A aplicação destas novas regras e da possibilidade dos politécnicos atribuírem doutoramentos não é imediata e o Parlamento terá que se pronunciar, isto porque a Lei de Bases dos Sistema Educativo terá que ser alterada, o que só acontecerá com o voto favorável de dois terços do Parlamento. Também o RJIES - Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior terá que ser alterado.

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO