Ensino superior
Como vai ser o novo ano letivo
Aulas presenciais, adoção
de procedimentos realistas face à Covid-19 e estimular a inovação e
modernização pedagógica são os três princípios base que o
Ministério da Ciência e do Ensino Superior recomenda às
universidades e politécnicos para iniciarem o novo ano letivo.Ao
Ensino Magazine o Ministério do Ensino Superior esclarece que a
preparação do novo ano letivo (o qual tem vindo a ser preparado,
nos últimos meses, pelas universidades e politécnicos tendo em
consideração diferentes cenários) deve ter em conta o objetivo de
garantir atividades presenciais.
Ensino
presencial
A tutela fala "na importância de
garantir o ensino e a avaliação presencial como dimensão essencial
da educação superior, porque promove a equidade entre estudantes em
termos de participação e avaliação, proporciona a educação integral
dos estudantes, estimula a diversidade de percursos académicos e
contribui para a coesão territorial".Por isso prossegue o
Ministério, na informação enviada ao Ensino Magazine, que "o ensino
e a avaliação presencial se mantenham como regra no funcionamento
das instituições científicas e de ensino superior no próximo ano
letivo".Para a tutela deve ser dada "especial atenção aos
estudantes do 1º ano dos diferentes ciclos de estudos, como forma
de reforçar a sua vinculação aos cursos e às instituições. As
componentes experimentais das unidades curriculares devem ser
concretizadas presencialmente, assim como a sua avaliação. Os
horários de funcionamento das instituições devem ser alargados,
incluindo o sábado na semana letiva".Nesta matéria, é preciso
garantir a presença dos docentes nas instituições "assegurando que
em caso de necessidade de desdobramento em regime a distância de
algumas das atividades letivas, por impossibilidade de acomodação
de todos os estudantes pertencentes a uma determinada turma nas
condições de segurança definidas nas orientações da Direção-Geral
da Saúde, devem as mesmas ser ministradas nas instalações das
instituições, com soluções apoiadas por tecnologias digitais a
distância, mas sempre na presença de estudantes em número máximo
adequado às condições de segurança referidas. Neste contexto e com
este objetivo deve prever-se, sempre que necessário, uma
rotatividade adequada dos estudantes em contexto presencial",
revela a nota enviada ao Ensino Magazine.
Vigilância
contínua
As recomendações da tutela apontam
também a necessidade "das instituições científicas e de ensino
superior instituírem procedimentos de vigilância contínua da
evolução da mesma, tanto a nível nacional como local, atualizem
regularmente os seus planos de contingência e monitorizem
permanentemente o seu impacto na respetiva comunidade académica, de
forma a implementar, em tempo real, as medidas de segurança
adequadas a cada momento, designadamente na contenção e mitigação
de eventuais surtos locais".Os planos de contingência das
Instituições devem, assim, "prever estas situações, com a adoção de
medidas de reforço do distanciamento físico e da higienização e
desinfeção das instalações, e também, se necessária, a adaptação do
tempo e dos espaços letivos e de trabalho no estrito cumprimento da
lei. Por outras palavras, o nível de cumprimento do objetivo de
garantir atividades presenciais deve ser implementado de forma
realista, inovadora e responsável face à incerteza em que
vivemos".
Inovação
pedagógica
No entender do Ministério este é
também o momento para se estimular "a inovação e modernização
pedagógica". Para o Ministério, este período é uma oportunidade
para estimular a experimentação e disseminação de práticas
inovadoras de ensino e aprendizagem adaptadas a um sistema de
ensino presencial apoiado por tecnologias digitais, assim como
formas mistas/combinadas de ensino em todos os níveis de ensino
superior (como formações curtas; licenciatura, mestrado e
doutoramento), alargando e aprofundando formas de aprender e
ensinar baseadas em projeto, a integração de formas de
autoaprendizagem e trabalho em equipa, sempre de forma inclusiva e
não discriminatória, e adaptando as horas de contato com
estudantes, reconfigurando, dentro dos limites legais, as cargas
letivas existentes.