Santander Universidades parceiro fundador
Escola de programação 42 Lisboa abre portas em Portugal
O Santander Portugal, através do Santander
Universidades, é um dos parceiros fundadores da "42 Lisboa", um
projeto educativo revolucionário de prestígio internacional,
inteiramente gratuito para os estudantes, e que chega agora a
Portugal, revela em nota enviada ao Ensino Magazine o Banco
Santander.
O protocolo foi assinado, dia 27
de julho, no campus da 42 Lisboa, que ocupa o espaço de uma antiga
tipografia da Penha de França, tendo contado com a presença do CEO
do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida. A nova escola é
financiada por mecenato privado, tendo como "apoiantes fundadores"
- founding fathers - o Santander Portugal, a Vanguard Properties e
a empresária sino-americana Ming Hsu.
De acordo com a instituição
bancária, "o apoio do Santander a esta escola de programação,
inovadora e inclusiva, vem ao encontro da estratégia do Banco em
relação ao forte investimento feito ao longo dos anos na Educação e
na Inovação, podendo o mesmo contribuir e acelerar a transformação
e o reskilling da sua área tecnológica".
Dirigida pelo professor Pedro
Santa Clara, a escola de programação fundada em Paris, em 2013, foi
replicada em 20 cidades no mundo, estando prevista a abertura de
mais 10 até ao final do corrente ano.
Na mesma nota é referido que a
42, "reconhecida como número 1 de programação - Coding School #1 -
nos EUA, não é uma escola tradicional: tem um ensino inovador em
Portugal, inclusivo e responde a uma necessidade do mercado para a
formação de profissionais na área da programação".
O Santander explica que "a sua
conclusão não tem equivalência com uma licenciatura, um mestrado,
ou qualquer grau académico, mas a empregabilidade é garantida: o
talento em coding é escasso em Portugal e a Comissão Europeia prevê
que, só em 2020, existam 15 mil vagas para informáticos no
País".
Procurando ser extremamente
inclusiva, não exige qualquer tipo de background académico e tem um
modelo pedagógico inovador: sem o formato tradicional de aulas, sem
horários, estará aberta 24 horas, 7 dias por semana, promovendo uma
aprendizagem project-based e peer-to-peer. Único requisito? Os
candidatos devem ter pelo menos 17 anos - e isto é apenas para não
retirar alunos ao ensino obrigatório. Surge como uma oportunidade
para muitos jovens que por qualquer motivo não se enquadram no
sistema de ensino regular ou não têm meios financeiros para
prosseguir os estudos.
As candidaturas
online começaram dia 27 de julho- https://www.42lisboa.com/ - e
envolvem dois testes que avaliam o raciocínio lógico e a capacidade
de trabalhar sob pressão. Não é preciso qualquer conhecimento de
programação. O primeiro teste dura 10 minutos, seguido de um teste
de 2 horas ininterruptas. Em 48 horas os candidatos sabem se passam
ou não à fase seguinte. Os testes online estão disponíveis 365 dias
por ano, permitindo a qualquer pessoa candidatar-se quando assim o
entender.
Uma vez apurados e inscritos, os
alunos têm um período máximo de 5 anos para completar os 21 níveis
do programa. A média é a de os alunos concluírem o programa em 3
anos e meio. A passagem de níveis é feita através do
desenvolvimento e conclusão de projetos (desenvolvidos
individualmente ou em grupo) que são posteriormente avaliados pelos
pares.
Todos os alunos devem reservar
algum tempo da semana para avaliar projetos dos colegas, sendo
assim promovido o espírito de comunidade, a responsabilidade pelo
outro e a aprendizagem entre pares. Estando a escola aberta 24
horas por dia, 7 dias por semana, cada um tem a liberdade - e a
responsabilidade - de definir o próprio horário e plano de
desenvolvimento.
Os alumni 42 rapidamente são
recrutados por todo os tipos de empresas, das Fortune 100 às
startups, sendo opção de muitos deles começar o seu próprio
negócio. Entre os grandes recrutadores em Silicon Valley
destacam-se empresas como LinkedIn, Uber, XBrain, Facebook,
Scality, Samsung, Microsoft ou Sigma. A pandemia da Covid-19 veio
tornar ainda mais evidente a necessidade de uma geração mais
digital e tecnológica, sendo transversal a todas as indústrias a
necessidade de muitas empresas se reinventarem para servir o
mercado no futuro.