Associações reúnidas
Estudantes lutam pelas bolsas
As Associações de Estudantes e
Académicas do Ensino Superior aprovaram no passado dia 9, diversas
ações públicas de "luta" contra o atual Regulamento de Atribuição
de Bolsas de Estudo que consideram "injusto" e afirmam que este
Natal é "negro" no Ensino Superior.
Reunidas em Braga num Encontro
Nacional de Direções Associativas (ENDA) extraordinário, as
associações estudantis aprovaram para os dias 20, 21 e 22 de
dezembro ações publicas como "forma de protesto" contra o atual
Regime de Atribuição de Bolsas para o Ensino Superior.
Estas ações constam de uma moção
aprovada pelos movimentos académicos na qual os estudantes afirmam
que o referido regulamento "consagra soluções materiais iníquas e
injustas".
Como justificação para a "luta" as
academias do Ensino Superior invocam "os atrasos nas análises das
candidaturas e no respetivo pagamento das bolsas de ação social"
bem como a "insuficiência do Regulamento de Atribuição de Bolsas de
Estudo em responder às reais necessidades do país".
Além disso contestam o "imobilismo
face a abrir uma segunda fase de candidatura" para os estudantes
que ingressam pela primeira vez nas universidades e criticam também
a "parca capacidade de diálogo da Secretaria de Estado do Ensino
Superior".
Assim, a ENDA aprovou, e marcou, no
início desta madrugada ações publicas de "luta" como o "lançamento
nacional da imagem corporativa deste plano de ações em diversos
meios comunicacionais", a "criação de árvores de Natal negras em
locais icónicos" e uma vigília noturna na Assembleia da República
no dia 22 de dezembro, entre outras.
Os estudantes pretendem desta forma
"assinalar" aquele que consideram "um Natal negro no Ensino
Superior" e desejam que os "estudantes tenham o justo e legítimo
apoio que necessitam para a adequada frequência no ensino
superior".
Isto porque, esclarecem, "o sistema
de Ação Social tem por objetivo que nenhum estudante seja arredado
da frequência do ensino superior por motivo de falta de capacidades
económico-financeiras".
Mas, consideram, o "presente
Regulamento de Atribuição de Bolsas não concretiza" este objetivo,
apontando ainda que os "sucessivos despachos emanados pelo
Diretor-Geral do Ensino Superior, relativos à fixação de sucessivos
prazos para a apresentação de candidatura a bolsas de estudo
instituíram "uma situação de desigualdade de tratamento".