Politécnico quer bloco central
Nova Esart é topo de gama
Carlos Maia, presidente do
Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), solicitou ao
Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, a construção do Bloco
Central para o Campus da Talagueira. O pedido foi feito durante a
inauguração das novas instalações da Escola Superior de Artes
Aplicadas de Castelo Branco, situadas naquele campus que integra
ainda as escolas superiores de Saúde e de Tecnologia.
O presidente do IPCB recordou as
muitas dificuldades que o Politécnico teve que enfrentar para que a
construção fosse possível. "Este é um projeto com 15 anos e cinco
governos. Por vezes parecia uma ousadia reclamarmos estas novas
instalações para o interior do país", disse, acrescentando depois
que "o projeto não está terminado. Precisamos de um Bloco Central,
o qual estava previsto no início do Campus, e que daria apoio às
três Escolas".
Carlos Maia iria mais longe: "a sua
construção permitiria libertar espaços das atuais escolas e
transferir uma escola que temos no centro da cidade", destacando o
facto que a nova Esart foi construída sem se gastar um cêntimo a
mais do que estava orçamentado. "Não houve derrapagem financeira e
isso deve-se muito aos serviços técnicos do Politécnico".
Neste processo, o presidente do
IPCB foi claro no apoio que a Câmara de Castelo Branco deu a este
processo (a autarquia assumiu o pagamento da componente nacional da
obra, sendo o restante pago por fundos comunitários), fazendo
questão de chamar para a mesa de honra Joaquim Morão, anterior
presidente da autarquia.
"Como disse muitas vezes, na hora
da verdade não há impossíveis. Foi assim que no início de 90
criámos a então Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em
Idanha-a-Nova, e foi assim que contribuímos para a Esart, a qual é
muito importante para combater a desertificação. Na hora da verdade
todos temos que dar as mãos para fazer as coisas. E o atual
presidente da Câmara, Luís Correia, fez sempre parte da minha
equipa em Castelo Branco", disse Joaquim Morão.
Na sua intervenção, Carlos Maia
falou ainda da importância do IPCB na região e no país, e do papel
da instituição a que preside no combate à desertificação e no
desenvolvimento da região. "O IPCB tem um impacto anual de 40,2
milhões de euros na região, e por cada euro do Orçamento de Estado
investido no politécnico, há um retorno de três euros", disse, para
acrescentar: "que devem existir medidas para estimularem a procura
para estas instituições no interior, que têm capacidade instalada"
para acolher mais alunos.
Aquele responsável lembraria ainda
a necessidade de medidas para o desenvolvimento das regiões do
interior, sublinhando que "deve ser feita uma aproximação dos
serviços às populações. E nesse sentido as instituições de ensino
superior têm um papel importante, até porque temos uma meta
nacional a atingir perante a Europa, que é a de qualificar
superiormente 40% da população entre os 30 e os 34 anos".
José Raimundo, diretor da escola, lembraria também na sua
intervenção, que "somos merecedores deste novo edifício.
Acreditamos que temos um papel importante a desempenhar. As artes
são agentes de transformação social".