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Alunos dos Politécnicos portugueses estudam em Macau
Uma aventura no outro lado do mundo

Macau Tower.jpgVários alunos dos politécnicos de Castelo Branco, Guarda, Bragança, Leiria e da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, participaram, durante cinco meses num programa de mobilidade, que os levou até Macau. Entre Agosto e Janeiro estudaram no Politécnico de Macau, e adoptaram novas culturas. Tiago Largo, estudante da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco foi um dos jovens que não hesitou em participar.

"A minha estadia em Macau foi ao abrigo do programa de intercâmbio entre CCISP (Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos) e o Instituto Politécnico de Macau, sendo este o primeiro ano que se realizou", começa por referir. O dia a dia dos alunos portugueses estreitou fronteiras e aprofundou amizades entre os alunos portugueses e chineses. "Éramos uma grande família e ajudávamo-nos mutuamente", conta.

O jovem que frequenta o terceiro ano da Licenciatura em Tecnologias da Informação e Multimédia explica que a questão da língua foi ultrapassada com o inglês. "O curso era leccionado em inglês por conseguinte as aulas, trabalhos, estudo e realização de provas, a par da dificuldade dos conteúdos representaram um desafio às nossas capacidades linguísticas", diz.

Portugueses em Macau no Festival de Pirotécnia.jpgE se nas aulas era o inglês a língua dominante, na rua, os alunos portugueses tinham que recorrer a outros estratagemas para se fazerem comunicar. "Os alunos do Politécnico de Leiria, que estudaram mandarim, davam uma ajuda. Mas muitas vezes tinha que ser por gestos e com um sorriso", explica.

Tiago Largo adianta que "a própria avaliação, era mais exaustiva uma vez que tinha em média dois testes e um exame por unidade curricular, para além de alguns trabalhos que realizávamos nas aulas e em casa. Isto fez com que houvesse da nossa parte um acompanhamento constante dos conteúdos leccionados".

O aluno, natural de Cernache do Bonjardim, recorda Fernando Pessoa, para explicar a sua adaptação. "Primeiro estranha-se e depois entranha-se. Nós somos feitos de pequenos pedaços de diferença. Pensar, sentir e expressar gestos do quotidiano podem ser realizados de imensas formas, cores e pontos de vista, é tão estranho como fabuloso".

A comitiva portuguesa destaca também "a hospitalidade, a simpatia e uma série de qualidades das pessoas de Macau, tornaram a vivência nesse território similar a uma cidade ultra acolhedora como Castelo Branco".

Tiago Largo recorda que inicialmente "tinha a Finlândia como destino preferencial para a realização de uma mobilidade pelo programa Erasmus. Contudo no decorrer do processo da candidatura foi-me dado a conhecer este programa, e nesse exacto momento decidi candidatar-me. Macau significava uma oportunidade única de conhecer o Oriente, até porque com o Programa Leonardo Da Vinci a realidade Finlandesa continua acessível quando terminar a licenciatura".

O aluno português lembra que o seu dia a dia "era muito similar ao que faço em Castelo Branco. Vivia numa residência situada no campus do IPM com os meus colegas, desfrutando de uma vista fantástica sobre Macau e com condições de conforto excepcionais, algo que também estou também habituado no complexo residencial do IPCB em Castelo Branco. Ao fim de semana costumava ir com os meus colegas passear por Macau e por Zuhai, uma cidade muito próxima, com uma realidade cultural ainda mais acentuada".

Tiago Largo recorda também a simpatia dos colegas chineses. "A partir do momento que começamos a contactar mais de perto, o que curiosamente aconteceu pelo facebook, a fina barreira da comunicação foi transposta e passámos a ter uma relação muito próxima".

Com 26 anos, Tiago Largo aconselha esta experiência. "Realizar uma mobilidade é algo simples e com resultados que vão muito para além das pautas".

 
 
 
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