Cultura

Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura
Mísia – Senhora da noite

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Regressada do Bataclan, em Paris, Mísia apresentou a 4 de Fevereiro último, no teatro São Luiz, em Lisboa, o seu décimo álbum "Senhora da Noite". O trabalho foi escrito só por mulheres como Agustina Bessa Luis, Hélia Correia, Lídia Jorge, assim como cantoras e fadistas, como Amália Rodrigues, Adriana Calcanhoto, Amélia Muge ou a própria Mísia, sempre partindo do fado tradicional.

No seu site oficial Mísia não diz quando nasceu, apenas revela que foi no Porto num "18 de junho" do século XX. Filha de um engenheiro e de uma bailarina espanhola, a fadista, que se apresenta sempre extremamente elegante em palco e com um visual normalmente arrojado para um ambiente de fado, desde cedo se propôs revolucionar o fado juntando-lhe sonoridades como o piano, o acordeão, o violoncelo, instrumentos que hoje já se tornaram habituais em grandes concertos do género. Há quem diga de Mísia que ou se ama ou se odeia; talvez por isso em determinada altura tenha sido mais amada no estrangeiro do que em Portugal. Felizmente os/as portugueses/as já a descobriram e estão felizes com ela.

No fado, como na vida, Mísia prefere sempre a autenticidade: "Prefiro as pessoas autênticas e genuínas às pessoas 'naturais'. Gosto de pessoas com personalidade forte (como eu) pois temo a tirania dos frágeis.", diz!

Com Mísia o fado apanhou o comboio da contemporaneidade
. Um concerto seu é sempre um reinventar do próprio fado. A fadista canta a 25 de Fevereiro em Castelo Branco e estará no próximo dia 8 de Março no Cineteatro Eduardo Brazão, em Valadares, Gaia, fazendo parte de um programa denominado Concertos íntimos e que conta também com as vozes de Rita Guerra (16 de Fevereiro), Teresa Salgueiro (12 de Abril) e Né Ladeiras (10 de Maio).

Destaque ainda para o dia 22 de março quando Mísia cantar Vasco Graça Moura, no Auditório do Teatro Campo Alegre, no Porto.


Discografia:
Mísia (1991), Fado (1993), Tanto menos tanto mais (1995), Garras dos sentidos (1998), Paixões diagonais (1998), Ritual (2001), Canto (2003), Drama Box (2005), Ruas (2009) e Senhora da noite (2011).

João Vasco
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
 
 
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