Medalha Contemporânea de Sintra-Dorita Castel-Branco
Simão recebe prémio
O
docente do IPCB/Escola Superior de Artes Aplicadas José Simão Gomes
acaba de receber uma Menção Honrosa na VI edição do Prémio de
Medalha Contemporânea de Sintra- Dorita Castel-Branco, com as
medalhas "Traço e Sombra" e "Contentor". A cerimónia de entrega dos
prémios decorreu no dia 28 de janeiro na Casa da Cultura de Mira
Sintra, com a presença do presidente da autarquia Fernando Seara e
a exposição estará patente até ao dia 26 de Fevereiro naquele
local.
O trabalho do escultor e docente do
IPCB/ESART já tinha sido apresentado na Exposição do grupo Anverso
Reverso realizada na INCM-Instituto Nacional Casa da Moeda e,
também, selecionado para a exposição mundial de medalhística
realizada no Museum Tampere Art, na Finlândia, em 2010.
A medalha "O Traço e a Sombra" é
explicada pelo seu autor como "o desenho do próprio destino".
Trata-se de uma medalha em chapa oxidada, com uma cercadura que
envolve as faces fixando-lhe os limites. No anverso, o escultor
adicionou-lhe um fragmento de um perfil em L, " forma elegante e
dinâmica", que emerge do plano configurando novos espaços. Já sobre
o reverso, "uma luz incide e a sombra da pirâmide projeta-se sobre
o plano, e, na superfície, uma outra "sombra" irmã é desenhada,
arrancando a ferrugem até chegar à flor do ferro, como alguém que
desenha o seu próprio destino".
Medalhista conceituado a nível
nacional e internacional, José Simão entende "a medalha como
laboratório topológico, e consequentemente semântico, lugar para
exploração de morfologias nos materiais". Nesse sentido, os
trabalhos agora apresentados pelo escultor enquadram-se num
conjunto de medalhas construídas a partir de perfis e peças
resultantes de processos industriais, em aço e chapa de ferro, cuja
temática relaciona "com valores do desenho e da organização
espacial. Com eles pretendo investigar as propriedades dos
materiais identificando valores plásticos a utilizar na
composição", refere o docente do IPCB/ESART.