Escola

Nos 21 anos da escola
Etepa faz debate profissional
Etepa.jpgA Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (Etepa) realizou, no âmbito do seu 21º aniversário, um debate sobre ensino profissional em Portugal, o qual contou com um dos docentes mais experientes da área, Joaquim Azevedo.  A iniciativa, moderada pelo editor do Ensino Magazine, Vitor Tomé, serviu ainda para a entrega dos diplomas de curso e teve lugar no auditório da Biblioteca Municipal de Castelo Branco.
Luís Correia, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, marcou presença nesta iniciativa e afirmou-se satisfeito por constatar "a dinâmica que esta escola apresenta". O autarca referiu que a Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense "é uma escola onde se trabalham competências e também o saber estar e o saber fazer, motivos pelos quais os seus alunos têm vingado no mundo profissional". Esta opinião é partilhada por Joaquim Azevedo, professor catedrático que esteve diretamente envolvido na criação do ensino profissional em Portugal.
Joaquim Azevedo contou que o aparecimento dos cursos profissionais há 25 anos partiu de uma necessidade do país. "Inquirimos os alunos que terminavam o 9º ano e esses inquéritos mostraram que 30 a 33 por cento queriam uma formação mais prática, não encontravam o seu espaço no ensino regular", referiu. Este especialista considera que os profissionais formados neste ensino entram no mercado de trabalho muito bem preparados o que torna a criação das escolas profissionais um sucesso.
O êxito alcançado traduziu-se na multiplicação de estabelecimentos que lecionam cursos profissionais, nos quais se incluem várias escolas de ensino regular, situação que, em seu entender, nem sempre é positiva. "Há cursos que são lecionados em escolas secundárias que deviam ser eliminados pois são criados dentro da escola que, na cabeça das pessoas, é ainda um liceu, e são criados para combater o insucesso dos alunos do 9º ano", afirma este docente.
Olga Pires Preto, diretora da Etepa, mostrou-se feliz e orgulhosa pelo trabalho desenvolvido na escola, trabalho esse que considera ser meritório a vários níveis. A diretora referiu que "a Etepa tem sobrevivido com o apoio de toda a comunidade albicastrense que tem acolhido os alunos em contexto profissional e colaborado na sua formação". Deixou ainda uma palavra dirigida aos alunos que assistiam, considerando que estes devem "tornar-se imprescindíveis nas oportunidades de estágio que lhes vão sendo proporcionadas, pois um dia mais tarde isso pode levar a um posto de trabalho".
As escolas profissionais são conhecidas pela sua vertente mais prática e por valorizarem o saber fazer, ideia que foi sustentada pela presença de alunos de cursos profissionais ministrados na região que apresentaram vários trabalhos e projetos desenvolvidos ao longo da sua aprendizagem. A eles juntaram-se antigos alunos da Etepa, atualmente profissionais nas áreas mais distintas, que falaram do seu percurso e da sua experiência. Termos como prática, técnica, dedicação e carinho foram repetidos em todos os discursos, enaltecendo o papel que a Etepa teve nas suas formações profissionais e pessoais.
Adelino Minhós, presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão (ACICB), referiu, por seu lado ser "um defensor acérrimo do ensino profissional, visto ser este um motor de desenvolvimento da nossa economia".
Na cerimónia final de entrega dos certificados marcou ainda presença o Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares, José Alberto Duarte.



 
 
 
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