Entrevista

David Fonseca
Agora em português

davidfonseca1.jpgDavid Fonseca é uma das mais carismáticas vozes da música portuguesa. Já o tínhamos ouvido cantar em português, mas «Futuro Eu» é o primeiro álbum onde o inglês dá lugar à língua de Camões.

Depois uma carreira construída a cantar em inglês, o novo álbum é cantado só em português. O que mudou no processo criativo?
É um processo muito diferente. Acho mais fácil escrever em português porque tenho um domínio muito maior da minha língua-mãe. No entanto, é para mim bem mais complexo de cantar. Isso fez com que eu levasse mais tempo a chegar às palavras que queria cantar do que nas canções que costumo escrever em inglês. Mas encarei isso com naturalidade. Desde início sabia que seria um trabalho mais longo, até porque não tenho nem metade da prática a escrever em português que tenho em inglês. Nesse idioma já escrevo há muitos anos e tenho uma série de truques e de formas de relacionamento com a língua que ainda não desenvolvera em português. O maior desafio foi, no fundo, encontrar a minha pessoa no meio de uma nova linguagem.

Como é que os fãs reagiram à novidade?
Reagiram muito bem. Eu tinha a curiosidade de tentar compor em português, e havia da parte do público a curiosidade de saber como o disco soaria. Não podia pedir uma reação melhor do que a obtida.

No Natal apresentou uma produção especial, «Driving Home for Christmas», versão do tema de Chris Read. Foi um presente natalício para os fãs?
Sim, há 10 anos que faço um vídeo de Natal. Este ano escolhi essa canção de que gosto muito. A ideia foi cantar a canção ao vivo enquanto conduzia uma moto.  Foi muito divertido e fiquei muito contente com o resultado.

«Deixa Ser», dueto com Márcia, é o mais recente single  do «Futuro Eu». Gosta de colaborações?
Gosto muito de colaborar com outros músicos. Tenho peno de não fazer mais colaborações, mas nem sempre há disponibilidade da minha parte ou da parte dos outros músicos.

Ainda no tema das colaborações, em janeiro o David Fonseca participou numa ação solidária a favor da Fundação Gil. Está sempre pronto a ajudar?
Quando consigo, sim. Dito isso, procuro arranjar sempre tempo. Recebi a proposta para realizar um ato solidário pelas mãos da organização eSolidar, um site gerido por um grupo de pessoas que tenta ajudar organizações sem fins lucrativos. Leiloámos um original autografado da minha coleção de fotografias e um almoço com o vencedor do prémio.

InstagramOficialfotoritacarmo.jpgNos primeiros meses do ano anda em digressão, com destaque para espetáculos em Espanha. Há outras possibilidades de mostrar o novo trabalho no estrangeiro?
Há sempre. Mas estamos a fazer a digressão em Portugal e, simplesmente, abriu-se a possibilidade de tocar também em Espanha, visto que as distâncias são curtas. Tocamos duas datas em Espanha: Madrid e Barcelona,. Depois regressamos a Portugal para continuarmos a tocar em teatros até abril. A partir daí os concertos começam a ser ao ar livre. Temos um ano muito cheio pela frente.

O novo álbum tem uma presença forte no alinhamento ao vivo?
O novo disco é o grande foco da atual digressão, embora obviamente os concertos ofereçam canções de várias fases da minha carreira.

Tem também uma forte componente visual...
É um espetáculo que tem uma componente visual muito forte que deverá colaborar para o entrosamento nas canções que apresentamos.

Hugo Rafael com textos de Tiago Carvalho
Rita Carmo & Instagram Oficial
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
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