Universidade

Bioeconomia do país
Minho faz revolução

A Universidade do Minho quer alavancar a bioeconomia do país, através da conceção de produtos e processos verdes inovadores para a indústria agroalimentar, tendo já em curso o projeto EcoAgriFood, que conta com um financiamento de 1,5 milhões de euros, financiados pelo programa Portugal 2020.
No espaço de um ano, o trabalho originou diversas soluções com elevado potencial de utilização no setor, como por exemplo o controlo de pragas em grandes plantações através de péptidos antimicrobianos, inspirados em moléculas existentes em mamíferos, bichos-da-seda e vespas.
"Estas pequenas proteínas fazem parte do sistema imunitário e encontram-se em todos os organismos vivos, representando a primeira linha de defesa no combate a invasões por agentes infeciosos", explica Raúl Machado, um dos 21 investigadores do projeto. Também foram produzidas membranas microporosas biocompatíveis e biodegradáveis, com elevada ação antimicrobiana e estabilidade térmica, podendo ser usadas como revestimentos ou filtros para controlo microbiológico.
Foi igualmente otimizada a conceção de compostos de valor acrescentado para a indústria alimentar através de fábricas microbianas, um processo "amigo" do ambiente. Esta técnica de produção inovadora permite a obtenção de novos compostos a partir de resíduos ou subprodutos industriais. "Deixamos, assim, de depender tanto de derivados de petróleo, que são muitas vezes a base para a síntese de inúmeros compostos usados nas mais variadas indústrias", realça a bióloga Isabel Silva.

 
 
 
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