Plano Nacional apresentado na UÉ
Energia positiva
A sessão de apresentação do Plano Nacional Energia e
Clima (PNEC) decorreu sexta-feira, dia 15 de fevereiro, no Colégio
do Espírito Santo da Universidade de Évora (UÉ), com a presença de
Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, Carlos
Martins, Secretário de Estado do Ambiente, e João Galamba,
Secretário de Estado da Energia.
O documento faz parte do compromisso assumido no Acordo de Paris
sobre as alterações climáticas e apresentado pelo Governo Português
no final do mês de janeiro. Consciente que "esta trajetória
obriga-nos a mudar o modo de viver tradicional", as metas deste
plano incluem a redução das emissões de gases com efeito de estufa,
aumento das energias renováveis e da eficiência energética; um
desafio "extraordinariamente importante" sublinhado pelo Secretário
de Estado do Ambiente na Universidade de Évora. A necessidade de
tornar as redes de transporte de energia mais flexíveis e
preparadas para a produção descentralizada, a aposta na energia
eólica e solar ou a eficiência do setor de águas e saneamento
constituíram outros tópicos assinalados por Carlos Martins.
Na Universidade de Évora "as questões da sustentabilidade têm uma
preponderância óbvia e transversal", destacou Ana Costa Freitas.
Para a reitora da UÉ "é o conhecimento que permite não só o
desenvolvimento de soluções técnicas, como também a sensibilização
alargada", encontrando nos centros de investigação da Universidade
"soluções ponderadas e eficazes para os desafios que se nos
colocam, seja a que nível for".
Foi ainda apesentado o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050
por Ana Teresa Perez da Agência Portuguesa do Ambiente, numa sessão
encerrada pelo Secretário de Estado da Energia, João Galamba,
salientando que as "redes elétricas do futuro terão de ser
bidirecionais e digitalizadapros, não transportando apenas energia,
mas também fluxos comunicacionais".
Recorde-se que Portugal comprometeu a contribuir para limitar o
aumento da temperatura média global do planeta a
2ºC. e a fazer esforços para que
esta não ultrapasse os
1,5ºC. Segundo o Governo, o
compromisso da neutralidade carbónica confirma o posicionamento de
Portugal entre aqueles que assumem a liderança no combate às
alterações climáticas.