Universidade

Investigação em Évora
O perigo das espécies invasoras na Península

jacinto.jpgA Universidade de Évora (UÉ) é parceira no projeto europeu "Aquatic Invasive Alien Species of Freshwater and Estuarine Systems: Awareness and Prevention in the Iberian Peninsula" (INVASAQUA), que estuda as ameaças causadas pelas Espécies Não-indígenas, Aquáticas Invasoras dos Ecossistemas de Água Doce e Estuarinos na Península Ibérica.
Pedro Anastácio e Filipe Ribeiro são os investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE_UÉ) responsáveis por coordenar este projeto na Universidade de Évora que arrancou em 2018.
Este centro de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação alerta que "as espécies não-indígenas invasoras são um dos principais causadores da perda de biodiversidade". Recorrendo a uma análise da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), os dados mostram que estas espécies "são a segunda causa de ameaça mais comum associada à extinção de espécies", descritas como aquelas que "foram introduzidas por ação humana - intencionalmente ou acidentalmente - para fora de sua distribuição natural passada ou presente", o que se traduz num "problema crescente devido ao aumento das trocas comerciais e ao aumento no movimento de pessoas e bens ao redor do mundo".
Na Península Ibérica, "os ecossistemas aquáticos estão especialmente em risco, desconhecendo-se a situação atual das Espécies Exóticas Invasoras (EEI) e o grau de ameaça que representam para o meio ambiente e seus efeitos socioeconómicos", o que dificulta "qualquer política de gestão proposta, mesmo quando os dados sobre invasões e impactos aquáticos estão disponíveis e detalhados."
O jacinto-de-água (Eichornia crassipes), originário das massas de água doce das regiões tropicais quentes da América do Sul é uma dessas espécies, e o Açude do Furadouro, Ribeira da Raia em Mora, bem no centro do Alentejo, um dos seus alvos, o que levou já ao "desaparecimento da fauna aquática nativa", esclarece Filipe Banha, investigador do MARE a uma reportagem ao local conduzida pela agência noticiosa espanhola "EFE Verde". Entre outros aspetos, é aqui realçado que Portugal mobiliza "importantes recursos económicos e humanos" para travar o alastramento desta espécie que preocupa quer investigadores, ambientalistas e comunidade local. Para Filipe Banha, devemos apostar na prevenção, para "evitar situações similares e impedir a introdução de espécies exóticas invasoras seja por desconhecimento ou de maneira acidental".
Financiado pelo Programa LIFE, para além da Universidade de Évora, o projeto conta com investigadores e técnicos da Universidade de Murcia, SIBIC, ASPEA, IUCN, Universidade de Navarra, Universidade de Santiago de Compostela, EFE verde, Museo Nacional de Ciências Naturales.

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
 
 
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO