Évora
Projeto PRIMA aposta na sustentabilidade do olival
A Universidade de Évora (UÉ) viu aprovado o primeiro
projeto no âmbito da Parceria para a Investigação e Inovação na
Região Mediterrânica (PRIMA), na área da olivicultura, coordenando
cientificamente o estudo em Portugal do olival Alentejano. A
informação está disponibilizada no canal de notícias da
instituição.
Teresa Pinto Correia e José Muñoz-Rojas, investigadores do
Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM)
da UÉ, realçam que o projeto agora aprovado, "Novel approaches to
promote the SUSTAInability of OLIVE groves in the Mediterranean",
(SUSTAINOLIVE), pretende "incrementar a sustentabilidade do setor
de produção de azeite e azeitona, através da implementação e
promoção de um conjunto de soluções inovadoras de gestão
sustentável baseadas em conceitos agoecológicos, e do intercâmbio e
cocriação de conhecimento, envolvendo múltiplos atores da fileira
agroalimentar, desde os produtores até os usuários finais".
Este Instituto de investigação da UÉ vai atuar como coordenador da
atividade cientifica em Portugal, e como líder do WP2 ("Synopsis of
Olive Grove Farming Models") deste projeto considerado "importante
para a Universidade" porque, como sublinham, "além de ser o
primeiro projeto PRIMA da "Section-1" obtido pela UÉ, é um dos
únicos dois projetos com parceiros portugueses". O projeto aborda
um aspeto essencial da economia e do território Alentejano: a
expansão e intensificação recente do olival e o impacto na
sustentabilidade da paisagem e economia regional.
Liderado pela Universidad de Jaén (Espanha), o projeto conta com
parceiros de Portugal, Tunísia, Marrocos, Itália e Grécia. Em
Portugal, para além da UÉ, são parceiros a Herdade do Exporão e o
Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL),
entidade criada e 1999, sedeada em Moura, com o objetivo de
valorizar e promover o azeite do Alentejo nacional e
internacionalmente.
A parceria PRIMA centra-se nas temáticas dos sistemas alimentares
e dos recursos hídricos, com os seguintes pilares: gestão
sustentável da água em áreas áridas e semiáridas do Mediterrâneo;
sistemas agrícolas sustentáveis; e cadeia de valor alimentar no
desenvolvimento regional e local mediterrânico.