Politécnico

Politécnico de Portalegre
Fórum do Clima junta lusofonia

forum7.JPGO Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, presidiu à cerimónia que constituiu  oficialmente o Fórum da Energia e Clima. A iniciativa decorreu, no passado dia 31 de janeiro, no Instituto Politécnico de Portalegre, onde ficará instalada a sede deste organismo criado pela sociedade civil e que reúne todas as nações pertencentes à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). "A CPLP é um território de maior relevância para perceber e compreender estes fenómenos das alterações climáticas, pela sua diversidade e diferença entre os seus membros. Somos uma amostra extraordinária". Foi deste modo que Pedro Matos Fernandes começou por sublinhar a importância do Fórum. O Ministro do Ambiente encerrou a sessão solene e no final plantou uma árvore, juntando-se a um grupo de várias dezenas de pessoas de 45 nacionalidades, que no campus do Politécnico, reforçaram desta forma a importância da união entre os povos na luta pela vitória na Crise Climática. Pedro Matos Fernandes lembrou que "o limite do sistema terrestre não pode ser posto em causa e isso é o que se anda a fazer", acrescentando que a política ambiental passa por implementar novas formas de consumir, de produzir e de reduzir. O governante destacou ainda a aposta que Portugal fez na neutralidade carbónica. "Isso não significa ter emissões zero. É importante sermos líderes neste processo. Já reduzimos 21% das emissões e 50% da energia produzida é renovável", esclareceu. O Fórum vai ficar instalado no Instituto Politécnico de Portalegre. Albano Silva, presidente daquela instituição de ensino superior, anunciou que "irá ser construída uma sede própria num edifício sustentável. Os alunos e professores de design e da energia estão ansiosos para colaborarem neste projeto", disse para depois reforçar a ideia de que "o Politécnico de Portalegre é o local certo para acolher este Fórum". Albano Silva salientou as mais valias da instituição, como a incubadora de base tecnológica BioBip, que irá ser ampliada, o centro de investigação Valoriza, o polo de Portalegre de Bio Refinarias, para aléL1040886.JPGm Laboratório Circular do Alentejo. Ricardo Campos, presidente do Fórum, que há dois meses assinou um protocolo de colaboração com o Politécnico de Portalegre, mostrou satisfação por estar numa instituição que "valoriza a economia circular" e que na sua oferta formativa "tem um mestrado na área das energias renováveis". Aquele responsável agradeceu a ajuda do deputado Luís Testa, do presidente e vice-presidente do Politécnico (Albano Silva e Luís Loures), em todo este processo. De caminho disse: "estamos a viver um dos maiores desafios dos nossos tempos. O modelo de desenvolvimento (da sociedade e das economias) colocou em causa o equilíbrio". Daí que defenda que "devemos caminhar para uma economia circular e uma agricultura sustentável. Temos que lutar por uma vida em equilíbrio. Foi na nossa geração que caiu a responsabilidade de fazer a mudança. Precisamos de despertar para que daqui a 10 ou 15 anos possamos dizer às novas gerações que fomos nós que demos a volta a isto". Ricardo Campos explicou que o "Fórum desenvolverá projetos que vão ao encontro dos mais jovens, desenvolvendo conteúdos e soluções, num movimento positivo. (…) É tempo de ir para o terreno. Abrimos o Fórum a novos membros, temos mais de 300 pessoas de Angola, 50 de Cabo Verde que pediram a adesão, em Portugal são centenas. Esta é a maior luta de todos os tempos".

O coletivo sobre o individualL1040790.JPG

Na cerimónia intervieram ainda o deputado da Assembleia Parlamentar da CPLP, Luís Moreira Testa (considerou ser necessário olhar para o coletivo em detrimento do individual, acrescentando que o desafio que temos pela frente é transformar o espaço da lusofonia para a mudança necessária. "Aquilo que temos pela frente é enorme e convoca-nos a todos", frisou); o membro fundador mais jovem, Francisco Veiga Simão (enunciou os três pilares do Fórum: informação, educação e investigação), o presidente da CCDR Alentejo, Roberto Grilo (mostrou disponibilidade em colaborar, apresentando aquilo que tem sido feito no território e reforçando a importância que a Barragem do Pisão vai ter em todo Alentejo em vários domínios como a produção de energia através de fontes renováveis - hidroelétrica e painéis fotovoltaicos); e a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira (que elogiou o facto do Fórum ter origem num conjunto de cidadãos, o que demonstra a força que se pode ter quando nos juntamos em torno de causas).

Projetos em curso

Os responsáveis peL1040810.JPGlo Fórum lembram que "esta é a primeira vez que fora do quadro institucional, cidadãos dos Países que falam Português se juntaram e criaram uma organização da sociedade civil". Os projetos que já deram os primeiros passos são: o Projeto Guardiões que envolve a mobilização dos mais jovens para se tornarem Guardiões da Vida; e outro, é o Projeto Otchiva que decorre em Angola (províncias do Zaire, Cabinda, Bengo, Benguela, Kwanza Sul e Luanda) sob a liderança da vice-presidente do Fórum Energia e Clima com o envolvimento de mais de 1000 voluntários, e que terá agora expansão para Portugal e Moçambique. Na sessão também a música de língua portuguesa marcou presença com as atuações de Don Kikas de Angola; de Tonecas Prazeres de São Tomé e Príncipe; Mário Marta de Cabo Verde; Piki Pereira e Viola Mintó de Deus de Timor Leste; Charbel Pinto da Guiné Bissau; Konu de Moçambique, entre outros. Os projetos já desenhados pela equipa do Fórum da Energia e Clima têm o objetivo de desenvolver ações de Informação, Educação e Investigação nos vários Países da CPLP.

 
 
 
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