Da Malásia e do Irão
Incubadora de Setúbal atrai projetos internacionais
A
incubadora de ideias de negócio do Instituto Politécnico de Setúbal
(IPStartUp) já recebeu mais de 40 candidaturas de projetos
empresariais estrangeiros. Desde a sua certificação, em 2018, tendo
sido acolhidas duas, a consultora de análise de dados Data Corner,
vinda da Malásia e entretanto já empresa registada em Portugal, e
um projeto de negócio na área do e-commerce, com origem no Irão,
que se encontra em desenvolvimento.
Criada através do programa nacional StartUp Visa, coordenado pelo
IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, a IPStartUp
apresenta como traço distintivo "a integração com o ecossistema de
investigação e inovação da instituição, interligando docentes,
estudantes e alumni, o que proporciona uma rede de alto valor
acrescentado", considera a sua coordenadora, Sandra Pinto,
acrescentando que a proximidade e os acordos de parceria com
várias organizações da região são outras das vantagens oferecidas,
"permitindo que os empreendedores acedam a atores que, de outra
forma, dificilmente acederiam, em tão pouco tempo".
Para Vala Ali Rohani, fundador da Data Corner, Setúbal foi a
escolha óbvia entre as cinco incubadoras nacionais que demonstraram
interesse no seu projeto. Sobretudo pelo "ambiente académico" em
que está inserida e no qual o também investigador se sentiria
naturalmente em casa, mas também por ser uma região de forte tecido
industrial. "Percebi que era uma grande oportunidade de ter a
colaboração do ensino superior e também da indústria", lembra o
empreendedor, que alcançou resultados francamente promissores ao
longo deste primeiro ano de incubação.
Desde 1 de maio de 2019, data oficial do registo, a consultora já
angariou dois importantes clientes, tornou-se membro oficial da
rede europeia EEN - Enterprise Europe Network, e planeia, ao longo
de 2020, contratar dois colaboradores a tempo inteiro entre os
estudantes do IPS que acolheu para estágio.