Universidade

Para produzir grafeno
Minho ajuda a criar manual

Um_tubo_de_grafeno.JPGO consórcio europeu Graphene Flagship, no qual participa a Escola de Ciências da Universidade do Minho, acaba de lançar um manual de acesso livre sobre os diversos processos de fabricar grafeno. Este livro branco, com mais de 500 páginas, envolveu 70 investigadores do consórcio e é um projeto-bandeira da União Europeia, contando com mil milhões de euros até 2023. O grafeno é considerado o "material do futuro", por ser leve, flexível, condutor e resistente, tendo aplicações como a medicina, a exploração espacial, a energia e a eletrónica. O objetivo do guia 'Production and processing of graphene and related materials' passa por validar protocolos das suas propriedades, escalar a sua produção em massa e acelerar a sua chegada aos consumidores. O grafeno consiste numa só camada de átomos de carbono obtida da grafite, a qual podemos encontrar na ponta do lápis. Recolher o grafeno é como tirar a primeira carta de um baralho. Mas tal como existe o ás de copas ou a sena de paus, tende-se a falar em grafenos, cada um com a sua forma de obter ou de sintetizar e a sua aplicação. Os nove capítulos do manual resumem as múltiplas formas de sintetizar e fabricar grafeno e outros materiais bidimensionais, como o nitreto de boro, que é quase tão duro como o diamante, além de bom isolante e condutor de calor. Além da grafite, há cerca de 5000 materiais que se podem esfoliar, como se cada um fosse um baralho de cartas, e ao juntar cartas de baralhos diferentes abrem-se possibilidades de criar materiais que não existem na natureza, ampliando as hipóteses de combinar funções e, portanto, de fazer novos dispositivos.O grafeno está já em muitas aplicações comerciais, desde baterias mais duradouras, sensores de movimento precisos, sistemas de visão noturna, capacetes robustos e painéis solares acessíveis. Filtros de purificação de água e de ar, circuitos integrados para a era 5G, eletrónica vestível e sensores de condução autónoma são outros avanços em curso. Porém, a falta de dados sobre a correta preparação e processamento do grafeno tem demorado a sua generalização.

 

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
 
 
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