UTAD e Coimbra colaboram com Agência do Ambiente
Radão monitorizado
A
Universidade de Trás- -os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a
colaborar na campanha de Monitorização Nacional do Gás Radão,
lançada em janeiro pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em
parceria com a Universidade de Coimbra (UC), que pretende
determinar a concentração deste gás radioativo no interior dos
edifícios. A participação da UTAD iniciou-se em janeiro, com a
colocação de cerca de 100 detetores em várias habitações nos
concelhos de Vila Flor, Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta,
Mogadouro e Miranda do Douro. Seguem-se localidades dos distritos
de Bragança e de Vila Real, para avaliar a concentração de radão.
De acordo com Elisa Preto Gomes, docente da UTAD, a campanha da APA
abrangerá zonas previamente selecionadas porque o território
nacional apresenta "grande geodiversidade". O radão é um gás
radioativo de origem natural, sem cor nem cheiro, reconhecido pela
Organização Mundial de Saúde como a "segunda causa de cancro
do pulmão na população, depois do tabaco". Entra nos edifícios,
vindo do solo, através de fissuras e fendas, produzindo partículas
radioativas. Essas partículas ficam retidas nas vias respiratórias,
podendo provocar "danos nos pulmões e aumentar o risco de cancro do
pulmão". Por não ter cor nem cheiro, a monitorização é feita
através de um detetor de radão que se coloca no interior da
habitação, na divisão onde se passa mais tempo, durante cerca
de três meses. Os resultados da campanha serão tratados de forma
agregada para elaboração de um mapa de risco de exposição ao radão
para o território nacional, que permita estabelecer um plano de
medidas de proteção da saúde das populações. Segundo a APA o mapa
de risco será publicado no site oficial, para livre consulta,
previsivelmente em julho de 2020.