Já no final do ano
Direcções regionais acabam
As direcções regionais de educação,
entre as quais se integra a do Centro, vão ser extintas e passarão
a integrar a Direcção-Geral da Administração Escolar. Isso mesmo
revela a Lei Orgânica do Ministério da Educação e Ciência (MEC) que
acaba de ser publicada em Diário da República.
Aquele diploma refere ainda que as
direcções regionais mantêm-se, transitoriamente, até 31 de Dezembro
de 2012. De acordo com o Gabinete de Imprensa do Ministério, "esta
alteração permitirá aprofundar a autonomia das escolas,
implementando modelos descentralizados de gestão e aproximando o
MEC dos estabelecimentos de ensino".
O Ministério adianta que a Lei
agora publicada "permite dotar o MEC de uma estrutura simplificada,
mais flexível e mais eficiente, cumprindo igualmente o objectivo da
racionalização de recursos e de redução da despesa pública".
Recorde-se que o Ministério da
Educação e Ciência sucede ao Ministério da Educação e ao Ministério
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Daí que são vários os
serviços e organismos agora objecto de extinção, fusão ou
reestruturação.
O MEC explica que "a nova orgânica
permite poupar cerca de 6 milhões de euros anualmente e reduzir em
mais de 100 o número de dirigentes intermédios e superiores (41 por
cento)".
De acordo com a nova Lei, "passam a
existir apenas sete serviços da Administração directa do Estado, a
saber: Secretaria-Geral, Inspecção-Geral da Educação e Ciência,
Direcção-Geral do Ensino Superior, Direcção-Geral da Administração
Escolar, Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência e a
Direcção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira".
Esta reestruturação prevê também a
"extinção, por fusão, das secretarias-gerais e das
inspecções-gerais dos anteriores departamentos governamentais, do
Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações
Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, do Gabinete de Gestão Financeira, do Gabinete de
Estatística e Planeamento da Educação, do Gabinete Coordenador do
Sistema de Informação, da Direcção-Geral de Inovação e
Desenvolvimento Curricular, do Gabinete Coordenador de Segurança
Escolar, da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação e das
Direcções Regionais de Educação do Norte, Centro, Lisboa e Vale do
Tejo, Alentejo e Algarve". Organismos que faziam parte do
Ministério da Educação.
Em comunicado, o MEC esclarece que
"o Gabinete de Avaliação Educacional mantém-se transitoriamente na
dependência do próprio ministério até 31 de Dezembro de 2012,
passando a 01 de Janeiro de 2013, através de um novo enquadramento
jurídico, a entidade autónoma e independente, capaz de se
relacionar com entidades internas e externas ao Ministério, com
competências científicas em várias áreas, de forma a conceber e a
aplicar provas e exames nacionais, validados, fiáveis e
comparáveis, cumprindo-se assim um dos objectivos do Programa do
Governo".
O Ministério explica que se mantêm,
"ainda que reestruturados, a Fundação para a Ciência e a
Tecnologia, o Estádio Universitário de Lisboa, o Centro Científico
e Cultural de Macau, e a Agência Nacional para a Qualificação e o
Ensino Profissional.
Da anterior estrutura da
Administração indirecta são integradas noutros organismos,
deste ou de outros departamentos
governamentais ou, ainda, em instituições de Ensino
Superior, as competências do
Instituto de Meteorologia, do Instituto Tecnológico e Nuclear, do
Museu Nacional da Ciência e da Técnica Doutor Mário Silva, bem como
da Agência para a Sociedade do Conhecimento.
O Ministério frisa que a sua nova
orgânica pretende criar uma estrutura de apoio às políticas
nacionais dirigidas aos sistemas educativo e científico e
tecnológico, por forma a promover a qualificação dos portugueses e
o reforço da ciência e da tecnologia enquanto eixos estratégicos do
desenvolvimento sustentado da sociedade portuguesa.