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Professores rejeitam telemóveis na sala

IMGP4000.JPGA maioria dos professores e alunos do 9º e 12º anos de escolaridade do concelho de Castelo Branco não estão receptivos à utilização do telemóvel em contexto educativo ou como instrumento de ensino/aprendizagem.

 

Um dos aspectos curiosos que resultam da análise dos dados recolhidos juntos dos estudantes, é que "a maioria dos alunos dos alunos do 9

º ano (65,2%) diz que a utilização do telemóvel dentro da sala de aula deveria ser permitida, enquanto que, em sentido contrário, 67% dos alunos do 12º ano diz que essa utilização não deveria ser possível".



Aquela é uma das principais conclusões de um estudo desenvolvido pelo diretor do Ensino Magazine e jornalista do Reconquista, João Carrega, no âmbito da sua dissertação de mestrado em Comunicação Educacional Multimédia.

O estudo envolveu uma amostra de 97 docentes e 204 alunos de duas escolas EB 2/3 e Secundárias do Concelho de Castelo Branco.

João Carrega explica que "a maioria dos professores inquiridos não vê o telemóvel como um aliado no contexto educativo, nem tão pouco reconhece vantagens pedagógicas na sua utilização".

Por sua vez, a maioria dos alunos que responderam ao questionário "diz não conseguir apresentar uma situação em que os professores os pudessem ensinar melhor através do telemóvel".

O autor do estudo adianta que "uma percentagem significativa dos docentes não reconhece vantagens pedagógicas na sua utilização".

O estudo demonstra que tanto os alunos como os professores têm, na sua maioria, o telemóvel ligado dentro da escola, mesmo sabendo que não o podem fazer.

João Carrega explica que "dentro da sala de aula os alunos utilizam-no para receber e enviar SMS's (mensagens escritas através do telemóvel), enquanto a maioria dos professores o utilizam para ver as horas".

O envio de SMS's é uma tarefa marcante nos estudantes inquiridos. Aquele responsável explica que nos diferentes contextos, os jovens enviam, por semana, 300 mensagens escritas por telemóvel. "Já no que respeita ao contexto escolar, as mensagens também são o meio escolhido para os jovens tirarem dúvidas com os colegas", diz João Carrega.

A investigação que deu origem à dissertação de mestrado (aprovada com a nota Muito Bom, na Universidade Aberta, em Lisboa, por um júri que teve como arguente o docente José Lagarto, da Universidade Católica) revela também que "a maioria dos alunos do 9

º e 12º anos inquiridos afirma nunca ter copiado nos testes através do telemóvel. Mas uma maioria ainda mais significativa (81,5% no 9º ano e 90,1% no 12º) refere conhecer colegas que o fizeram".

 
 
 
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