UBI debate o tema
Combater o plágio é preciso
Plágiofobia foi o tema de um fórum realizado este
mês na Universidade da Beira Interior, que incidiu sobre uma das
mais más práticas que se encontram nas academias. O evento,
promovido pela Comissão de Ética da Faculdade de Ciências da Saúde,
juntou docentes e alunos num mesmo espaço para debater esta
prática.
A cópia de trabalhos, de
informações, de todo o tipo de produções científicas é uma prática
que tem vindo a crescer entre os estudantes, daí que se trata de um
autêntico flagelo, segundo os organizadores. O debate pretendeu
avaliar as formas mais comuns que se têm assinalado, mas também,
quais as posições que devem ser tomadas para que este tipo de
situação não se repita.
"A dificuldade crescente de detetar
a cópia leva a que muitos optem por esta prática", explica Joaquim
Viana, um dos oradores do seminário. Segundo os especialistas, a
Internet é neste momento o meio mais utilizado pelos alunos para
conseguirem trabalhos que "são depois copiados na íntegra ou em
partes". Para os oradores, um dos pontos que mais deve ser frisado
nas academias é o de que "copiar é um ato ilícito, é um crime". A
consciencialização dos estudantes para esta matéria deve ser um dos
caminhos a percorrer no sentido de se minimizarem os casos de
plágio. Daí que, para Joaquim Viana, "a formação dos alunos seja um
assunto essencial para as universidades".
Durante este evento, que abordou
várias áreas científicas, demonstrando que as práticas de plágio
são transversais, foram apontados também alguns meios de deteção e
de proteção, bem como formas de punição que passam pelos docentes
ou pela academia, mas que podem chegar à própria justiça e aos
tribunais. Tudo para mostrar que "o plágio não é apenas uma questão
da cópia de trabalhos é um ato ilícito e uma falta de integridade
académica".
Eduardo Alves
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico