Projetos ultrapassam os 12 milhões de euros
Castelo Branco tem estratégia de apoio ao agroalimentar e à inovação
A Câmara de
Castelo Branco tem em curso uma estratégia de apoio ao setor
agroalimentar e à criação de empresas inovadoras. Uma estratégia,
cujo investimento é de 12 milhões e 500 mil euros, e que Joaquim
Morão, presidente da autarquia, considera "ambiciosa, que requer
grande fôlego financeiro e disponibilidade para o implementar no
terreno".
O projeto da autarquia está assente
em vários vetores, alguns dos quais já no terreno. O setor
agroalimentar é uma das fortes apostas do município, na qual já
foram desenvolvidas atividades e construídas infraestruturas.
Exemplos disso são o Centro Apoio Tecnológico Agroalimentar - CATAA
(situado no Parque Empresarial da cidade e que pretende dar apoio
às empresas para melhorarem a sua produção e, ao mesmo tempo
desenvolver trabalho de investigação, através dos laboratórios ali
instalados); e a Melaria (inaugurada em junho - ver página 4), onde
se criará um Centro de Produção de Abelhas Rainhas.
No setor agroalimentar, o
presidente do município explica que está também a ser implementado
o projeto Terras da Beira Baixa, o qual prevê a construção de uma
central de embalamento de azeite (a construir na zona industrial e
que terá capacidade para embalar um milhão de litros por campanha),
um centro de tipificação e engorda animal para bovinos, ovinos e
caprinos (o qual implica a construção de vários pavilhões) e um
centro apícola, estruturas estas a instalar na zona da Garalheira,
a nascente de Castelo Branco.
Joaquim Morão refere que "vão
criar-se infraestruturas para que os agricultores as possam
utilizar". Castelo Branco volta assim a destacar-se na área do
agroalimentar, criando condições para que se ganhe economia de
escala.
Para a implementação destes
projetos e para poder ter acesso aos fundos comunitários, a
autarquia criou organismos (CATAA e Beira Baixa), onde é detentora
de quase 100% do capital.
Empresas
inovadoras
Mas se o setor agroalimentar
constitui uma forte aposta para dinamizar e apoiar o setor na
região, na área da inovação Joaquim Morão fala na abertura do
Centro de Empresas Inovadoras. "Em finais de maio essa estrutura
estará concluída. Trata-se de um espaço para acolher empresas
Inovadoras de vários domínios", explica. O edifício está quase
concluído e situa-se num espaço entre as Avenidas do Empresário e
Egas Moniz.
Com capacidade para 40 empresas, o
centro está dotado de secretaria, reprografia, salas de reuniões,
gabinetes de direção e de apoio, gabinetes para empresas, espaços
para a contabilidade e atendimento, salas com acesso direto ao
exterior para as empresas, anfiteatro e cafetaria.
Projeto decisivo para
futuro
As declarações do autarca vêm ao
encontro daquilo que Joaquim Morão já tinha referido no seu
discurso sobre o Dia da Cidade, onde frisou que um novo ciclo já
tinha começado no concelho.
"Estes são os novos ciclos", diz
Joaquim Morão. O presidente da Câmara explica que "estes são os
grandes projetos estratégicos e de futuro para Castelo Branco, os
quais complementam o outro projeto que a autarquia tem para criar e
promover mais emprego, captando empresas e dando-lhes condições
para elas aqui se instalarem".
No entender de Joaquim Morão "este
projeto complementado com a aquilo que temos vindo a fazer,
captando serviços, empresas, criando condições para que os
empresários se instalem (cedendo espaços ou construindo pavilhões
alugando-os a preços simbólicos) é estratégico".
Inovcluster
apoia empresas
A estratégia que está a ser
implementada pela Câmara albicastrense acolhe também os chamados
projetos imateriais. E é aqui, diz Joaquim Morão, que entra o
Inovcluster, o qual funciona nas instalações do Centro de Apoio
Tecnológico Agroalimentar.
Com 128 associados, 92 dos quais
empresas, o Inovcluster tem na Câmara albicastrense um associado
empenhado e presente. "É a Câmara de Castelo Branco que suporta a
componente nacional dos projetos para que as empresas sejam mais
competitivas", assegura Joaquim Morão.
O Inovcluster tem cinco áreas de
intervenção estratégicas. O apoio a projetos, a imagem e
divulgação, as tendências e inovação, o apoio ao empreendedorismo e
a internacionalização, são as cinco áreas chave deste organismo. "O
Inovcluster tem uma equipa de técnicos qualificados que apoia as
empresas a serem mais competitivas, apoiando-as na elaboração das
candidaturas a fundos comunitários e em projetos de
internacionalização", explica Joaquim Morão.
Ao nível da internacionalização, está a decorrer um projeto,
aprovado com um montante de 800 mil euros, e que funcionará até ao
final do ano. Neste âmbito surgem diversas ações como as feiras
internacionais, missões empresariais -e inversas (Brasil, Canadá,
Macau, Colômbia, Itália e Polónia) e projetos promocionais.