Suplemento

Projetos ultrapassam os 12 milhões de euros
Castelo Branco tem estratégia de apoio ao agroalimentar e à inovação

IMG_4758 copy.jpgA Câmara de Castelo Branco tem em curso uma estratégia de apoio ao setor agroalimentar e à criação de empresas inovadoras. Uma estratégia, cujo investimento é de 12 milhões e 500 mil euros, e que Joaquim Morão, presidente da autarquia, considera "ambiciosa, que requer grande fôlego financeiro e disponibilidade para o implementar no terreno".

O projeto da autarquia está assente em vários vetores, alguns dos quais já no terreno. O setor agroalimentar é uma das fortes apostas do município, na qual já foram desenvolvidas atividades e construídas infraestruturas. Exemplos disso são o Centro Apoio Tecnológico Agroalimentar - CATAA (situado no Parque Empresarial da cidade e que pretende dar apoio às empresas para melhorarem a sua produção e, ao mesmo tempo desenvolver trabalho de investigação, através dos laboratórios ali instalados); e a Melaria (inaugurada em junho - ver página 4), onde se criará um Centro de Produção de Abelhas Rainhas.

No setor agroalimentar, o presidente do município explica que está também a ser implementado o projeto Terras da Beira Baixa, o qual prevê a construção de uma central de embalamento de azeite (a construir na zona industrial e que terá capacidade para embalar um milhão de litros por campanha), um centro de tipificação e engorda animal para bovinos, ovinos e caprinos (o qual implica a construção de vários pavilhões) e um centro apícola, estruturas estas a instalar na zona da Garalheira, a nascente de Castelo Branco.

Joaquim Morão refere que "vão criar-se infraestruturas para que os agricultores as possam utilizar". Castelo Branco volta assim a destacar-se na área do agroalimentar, criando condições para que se ganhe economia de escala.

Para a implementação destes projetos e para poder ter acesso aos fundos comunitários, a autarquia criou organismos (CATAA e Beira Baixa), onde é detentora de quase 100% do capital.

inovadoras (1) copy.jpgEmpresas inovadoras

Mas se o setor agroalimentar constitui uma forte aposta para dinamizar e apoiar o setor na região, na área da inovação Joaquim Morão fala na abertura do Centro de Empresas Inovadoras. "Em finais de maio essa estrutura estará concluída. Trata-se de um espaço para acolher empresas Inovadoras de vários domínios", explica. O edifício está quase concluído e situa-se num espaço entre as Avenidas do Empresário e Egas Moniz.

Com capacidade para 40 empresas, o centro está dotado de secretaria, reprografia, salas de reuniões, gabinetes de direção e de apoio, gabinetes para empresas, espaços para a contabilidade e atendimento, salas com acesso direto ao exterior para as empresas, anfiteatro e cafetaria.

Projeto decisivo para futuro

As declarações do autarca vêm ao encontro daquilo que Joaquim Morão já tinha referido no seu discurso sobre o Dia da Cidade, onde frisou que um novo ciclo já tinha começado no concelho.

"Estes são os novos ciclos", diz Joaquim Morão. O presidente da Câmara explica que "estes são os grandes projetos estratégicos e de futuro para Castelo Branco, os quais complementam o outro projeto que a autarquia tem para criar e promover mais emprego, captando empresas e dando-lhes condições para elas aqui se instalarem".

No entender de Joaquim Morão "este projeto complementado com a aquilo que temos vindo a fazer, captando serviços, empresas, criando condições para que os empresários se instalem (cedendo espaços ou construindo pavilhões alugando-os a preços simbólicos) é estratégico".

cata (1) copy.jpgInovcluster apoia empresas

A estratégia que está a ser implementada pela Câmara albicastrense acolhe também os chamados projetos imateriais. E é aqui, diz Joaquim Morão, que entra o Inovcluster, o qual funciona nas instalações do Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar.

Com 128 associados, 92 dos quais empresas, o Inovcluster tem na Câmara albicastrense um associado empenhado e presente. "É a Câmara de Castelo Branco que suporta a componente nacional dos projetos para que as empresas sejam mais competitivas", assegura Joaquim Morão.

O Inovcluster tem cinco áreas de intervenção estratégicas. O apoio a projetos, a imagem e divulgação, as tendências e inovação, o apoio ao empreendedorismo e a internacionalização, são as cinco áreas chave deste organismo. "O Inovcluster tem uma equipa de técnicos qualificados que apoia as empresas a serem mais competitivas, apoiando-as na elaboração das candidaturas a fundos comunitários e em projetos de internacionalização", explica Joaquim Morão.

Ao nível da internacionalização, está a decorrer um projeto, aprovado com um montante de 800 mil euros, e que funcionará até ao final do ano. Neste âmbito surgem diversas ações como as feiras internacionais, missões empresariais -e inversas (Brasil, Canadá, Macau, Colômbia, Itália e Polónia) e projetos promocionais.







 
 
 
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