Rogério Fernandes - In Memoriam
RVJ lança obra internacional
A RVJ - Editores apresentou, no passado
dia 24 de junho, no Foyer do Cine Teatro Avenida de Castelo Branco,
o livro "Rogério Fernandes - In Memoriam". Uma obra que segundo os
seus coordenadores, João Ruivo e João Carrega, tem "uma dimensão
internacional, tendo merecido excelentes criticas em Espanha, no
Brasil e em Portugal. Trata-se de um livro que não se destina
apenas a professores e especialistas, mas sim a toda a comunidade,
pois aquilo que se pretende é homenagear Rogério Fernandes".
A cerimónia foi presidida pelo
presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia. O autarca
destacou a importância da obra, focando a sua intervenção na
estratégia cultural da autarquia. E como foi de educação que se
falou, o presidente do município explicou ao público, que encheu
por completo o foyer do Cine Teatro Avenida, o processo de
transferência de competências na área da educação para os
municípios, que a Câmara de Castelo Branco recusou. Um processo
claro e onde "sempre mostrámos uma grande abertura ao diálogo,
ouvindo todos, envolvendo as escolas, os seus conselhos gerais e
pedagógicos, para que depois fosse tomada uma decisão. E sempre
afirmámos que nunca iríamos contra a vontade dos agrupamentos".
Ainda assim, o autarca reafirmou estar ao lado das escolas do
concelho para aquilo que for necessário.
O livro agora apresentado tem o prefácio
de Albano Estrela e integra um conjunto de artigos de
investigadores portugueses, espanhóis e brasileiros, que privaram
de perto com Rogério Fernandes, casos de João Ruivo, José Hernandez
Diaz (Universidade de Salamanca - Espanha), Florentino Blasquez
(Un. Extremadura - Espanha), Margarida Felgueiras (Univ. Porto),
Guilhermina Lobato Miranda (Univ. Lisboa), Manuel Ferreira Patrício
(ex-reitor da Univ. Évora), Luís Carlos Villalta (Univ. Federal de
Minas Gerais - Brasil), Eliane Marta Teixeira Lopes (Univ. Federal
do Ouro Preto - Brasil), Padre Mário Azevedo, Maria Odete Valente,
Joaquim Pintassilgo, Maria João Mogarro, Sérgio Paes, Ana Maria
Pessoa (Politécnico de Setúbal), Catarina Leal ou do jornalista
Daniel Ricardo.
Rogério Fernandes
faleceu há cinco anos. João Ruivo recorda que "foi docente e
investigador. Fez parte do segundo Governo Provisório, no pós abril
de 1974. Autor de uma vasta obra científica, e também literária,
Rogério Fernandes, foi voz fundamental na reflexão sobre os
sistemas educativos e a formação de professores, tendo sido uma das
principais referências para a construção do pensamento "de
arranque" do movimento sindical dos professores. Foi também
jornalista".
João Carrega reforçou o facto de
Castelo Branco ser "a cidade do interior do país que mais obras tem
editado, muito pelo empenho da autarquia albicastrense, dos autores
e da aposta de editoras como a RVJ - Editores, com sede em Castelo
Branco, a qual tem vindo a assumir-se como uma das principais do
país, estando a editar livros, de diferentes géneros, para todo o
país. Para além de autores consagrados, como António Salvado,
António Lourenço Marques ou Adelaide Salvado, tem permitido a
muitos outros concretizarem o sonho de lançarem o seu livro".