Suplemento

VISITA MINISTERIAL AO CATAA
Ministro ficou encantado com o trabalho ali efetuado

IMG_8220.jpgO Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, visitou demoradamente o Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar (CATAA) de Castelo Branco no decorrer da sua recente estada em Castelo Branco a propósito da Bienal do Azeite que decorreu nesta cidade.

O governante foi recebido naquelas instalações pelos responsáveis do CATAA que tiveram oportunidade de lhe mostrar e explicar todo o trabalho que ali tem sido desenvolvido desde a sua criação. Do setor do azeite ao das frutas, passando pelo das carnes e da biotecnologia, o ministro da tutela mostrou-se interessado pelo trabalho ali efetuado e pelo impacto que o mesmo já tem junto dos produtores do setor agroalimentar nas suas múltiplas vertentes.

Do apoio ao melhoramentos dos produtos em si, até à imagem e embalagem dos mesmos, passando pela análise sensorial e pela internacionalização, muitos foram os temas das conversas ali mantidas, tendo decorrido, inclusivamente, uma reunião à porta fechada entre o governante e alguns dos responsáveis técnicos e políticos locais, entre os quais o presidente do município albicastrense, Luís Correia.

IMG_8131.jpgVisivelmente satisfeito com o que viu, Capoulas Santos elogiou Castelo Branco pelo apoio que presta ao setor e pela visão estratégica que levou o concelho a apostar forte numa infraestrutura como o CATAA.

A produção de queijos com leite de espécies equinas, a desidratação de frutos, a criação de novos produtos na cadeia alimentar e a análise sensorial são apenas algumas das inovações que estão ali a ser realizadas. Quatro anos depois de ter entrado em funcionamento, aquela estrutura, criada pela Câmara albicastrense, é uma referência nacional no setor e uma mais valia para a região e para o país.

Equipado com laboratórios de tecnologia de ponta, que lhe permite prestar serviços nas áreas das análises de microbiologia, físico-química e sensorial, o CATAA tem nas suas quatro unidades tecnológicas (Produtos Lácteos, Azeite, Carnes e Hortofrutícolas) instrumentos que têm conduzido ao desenvolvimento de novos produtos para o mercado.

Luís Correia, presidente da Câmara, deu recentemente exemplos concretos do que ali está a ser desenvolvido, como "a desidratação de fruta (pêssegos, mirtilos, figo da índia, malaguetas, cogumelos, mosto de maçã, ou bolota), cristalização de frutos, ou, ainda, ou a liofilização (congelação rápida e desidratação) de framboesas, cerejas, ervas aromáticas, figo da índia, carne e peixe".

Àqueles produtos juntam-se outros, como um novo mel, a travia embalada em atmosfera controlada (o que permite aumentar o tempo de prateleira) ou a desidratação de leite de ovelha para manteiga.

"Nós estamos a fazer um acompanhamento de alguns setores na sua totalidade, como acontece com o figo da índia ou na apicultura, desde a sua produção até à sua transformação e embalamento, à investigação e desenvolvimento de novos produtos, terminando numa fase posterior, através do InovCluster, com a sua internacionalização, a procura de novos mercados e o marketing associado a esses produtos", explica Luís Correia.

Em curso estão também ensaios de produtos em atmosfera controlada, com o objetivo de aumentar o seu período de validade. Os laboratórios de físico-química e microbiologia permitem analisá-los, testá-los, ver os seus benefícios para a saúde ou a sua qualidade, através de mais de 200 métodos e muitos parâmetros.

A acrescentar a essas mais valias, surge o laboratório de análise sensorial, onde a reação das pessoas a um determinado produto, é feito através de um sistema que mede os impulsos do nosso cérebro a esse produto. "Já foram testados mais de 120 produtos, solicitados por empresas nacionais e regionais, como foram os casos de doces, compotas, iogurtes, patés, snacks, sumos, salgados, pastelaria, enchidos, carnes, bebidas ou produtos desidratados", referem os responsáveis do CATAA.

Numa outra perspetiva surgem os projetos de investigação aplicada, os quais versam sobre a melhoria da produção da cereja, a redução de percas nas linhas de produção de azeite (em colaboração com Espanha), a redução de PH na polpa do figo da índia, ou aumento do tempo de prateleira de carnes. "Está ainda a decorrer o projeto +pêssego, o qual tem oito parceiros na beira interior, e cujo objetivo é caraterizar a qualidade do fruto", explicam os mesmos responsáveis.

A ligação entre todos os setores e estruturas do CATAA fazem com que os produtores ou as empresas tenham as respostas de que precisam, seja no domínio da investigação e desenvolvimento de novos produtos alimentares, na análise sensorial, na realização de análises, desenvolvimento dos conteúdos de rotulagem (com a descrição dos componentes e da energia dos alimentos, exigidos por lei), ou na elaboração de candidaturas de Vales Empreendedorismo (no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio).

Luís Correia considera que o "CATAA foi uma aposta da Câmara e continua a sê-lo. Dentro daquilo que é a estratégia para o setor agroalimentar esta estrutura tem um papel importantíssimo, pois é a partir daqui que podemos ser competitivos nos nossos produtos e podemos incentivar pessoas a apostarem neste setor. Se não tivéssemos este centro tecnológico, que permite aos produtores inovarem, e desenvolverem produtos mais adaptados aos novos mercados, estaríamos iguais a muitos outros".

Por isso, Luís Correia classifica o CATAA "como um fator diferenciador no setor agroalimentar". O autarca reforça a ideia de que "o centro está ao serviço das empresas e dos produtores, pelo que fazemos o desafio para que eles utilizem esta estrutura", e lembra os laboratórios de ponta do próprio centro: "temos vindo a apetrechar o CATAA de equipamentos topo de gama, do melhor que há. Em todo o interior, de Norte a Sul, não há uma estrutura com tamanha competência, a qual está ao serviço de todos".

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO