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A Tribo da Escola em livro

livro1.jpg"Esta obra é um livro diverso, porque a escola também não é una. Um livro polémico, porque eu mesmo nunca fui acomodado. E um livro prospetivo, porque sempre pensei a educação mirando o futuro". É desta forma que João Ruivo, investigador e ex-vice presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, se refere ao seu mais recente livro, "Escola: Uma Tribo Global", que foi apresentado no passado dia 29 de junho, em Castelo Branco, no foyer do Cine Teatro Avenida que foi pequeno para acolher tantas presenças.
Considerado um dos grandes investigadores portugueses na área da educação, com livros publicados no nosso país e no estrangeiro, João Ruivo aborda "a escola como comunidade educativa, pública e inclusiva", mas também "como espaço de formação ao longo da vida e como lugar de acolhimento, onde todos têm direito a partilhar diversos momentos de socialização e de aprendizagem. Onde haja um tempo para aprender e um tempo para viver. Uma escola de aprendentes, onde todos tenham o desejo e a necessidade de, periodicamente, reglivro4.jpgressar".
Em declarações ao Ensino Magazine, à margem da apresentação, o autor do livro explica que partiu "do princípio que a escola tem uma organização tribal: com o seu conselho de seniores educadores, com os seus jovens aprendentes iniciáticos, com a sua hierarquia de valores, com regras estipuladas, ritos de passagem, cultos e símbolos, cerimónias de integração, regras de exclusão, mecanismos de coação, deuses e demónios. E que essa mesma escola, integra, hoje, uma rede global de conhecimentos e de partilhas que não podem mais ser ignoradas".
No livro o autor revela que "pretende sintetizar a produção teórica que desenvolvi nas últimas três décadas, centrando-me sobre a escola pública, a profissionalidade dos docentes e a sua formação, o papel das famílias e da comunidadlivro2.jpge envolvente, sempre numa perspetiva de desenvolvimento e com os olhos postos nos desafios que o futuro coloca".
A apresentação foi feita por Nuno Mangas, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, que dissecou a obra, relevando a importância de cada capítulo, e considerando que, "sendo um livro de leitura acessível, deveria ser consultado por todos os membros da comunidade e integrar a biblioteca de todas as escolas e universidades". Aquele responsável classificou ainda João Ruivo "como um visionário", acrescentando que a obra "constitui um testemunho para o futuro".
A obra tem o prefácio de Florentino Blázquez, professor catedrático da Universidade da Extremadura (Espanha), que classifica o livro como "um excelente livro3.jpgcompêndio sobre diferentes parâmetros que convivem na escola pública, sobre a figura do docente e do seu processo formativo, sobre os contextos sociais, a organização da escola e sobre os desafios que se apresentam na atualidade".
A importância do livro foi também destacada pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, que sublinhou a qualidade livro5.jpgda mesma, lembrando que a escola tem uma imagem positiva perante a sociedade. Já João Carrega, editor do livro, considerou que "este é mais uma excelente obra que merece ser lida e que obriga a muitas reflexões".
De referir que o livro já tinha sido apresentado na Futurália, em Lisboa, com a presença do ex-Ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo.

 
 
 
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