Unesco

Escola Secundária de D. Duarte
Projeto de escola, EcoMondego
unesco.jpgA Escola Secundária de D. Duarte em Coimbra, sede do AECO (Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste), trabalha uma rede de projetos e parcerias, que tem crescido ao longo dos anos e que permitem satisfazer os múltiplos interesses dos alunos e professores, em diversas áreas. Trabalhar em projeto, é educar com qualidade, de uma forma divertida, dinâmica, lúdica e pedagógica. É assim que a Escola Secundária de D. Duarte, com os anos de experiência em projetos, utiliza estes instrumentos como alavanca de aprendizagem e adiciona competências de foco nos temas, assim como as de liberdade, de autodisciplina e espírito de equipa.
O projeto de escola, EcoMondego foi lançado pelo EcoMuseu do Mondego e a sua equipa, em conjunto com a coordenação UNESCO da escola D. Duarte - AECO. É um projeto para os três anos, de 2018 a 2021, associado ao projeto internacional Living River, que visa a participação voluntária da comunidade escolar na proteção, preservação e divulgação de um rio, comum às escolas envolvidas (Rio Mondego): Escola Secundária D. Duarte - Coimbra, Escola Secundária Alves Martins - Viseu, Escola Secundária de Gouveia e Escola Secundária de Seia. Envolve ainda 4 países e escolas: Roménia - Grigore Antipa College - Mircea Cristea College; Espanha - Les de Bríon - Les Melide; Turquia - Sirri Vircali Anadolu Lisesi - Zagnospasa Ortaokulu. É Co-financiado pelo Programa Europeu Erasmus +, e Promovido pela ASPEA - Associação Portuguesa de Educação Ambiental (um dos parceiros da escola secundária de D. Duarte - AECO).
A intenção dos objetivos gerais deste programa, é o de desenvolver recursos pedagógicos para o estudo dos rios e ribeiros, incrementar na população a tomada de consciência sobre a importância da conservação da biodiversidade, promover iniciativas que possam contribuir para rios mais saudáveis, promover as memórias dos rios e ribeiros. O estudo comparativo dos quatro rios escolhidos por cada país parceiro, permite a troca de experiências e práticas para estudantes e professores, a participação de dois professores por escola no encontro a realizar na Roménia, com todos os parceiros, em setembro de 2020, para discutir o projeto da sua escola, a participação de dois alunos por escola no encontro a realizar na Turquia, com todos os parceiros, em outubro de 2020, para expor o projeto da sua escola, a participação no concurso de curtas-metragens do CineEco - Seia, o acesso às comunicações científicas sobre o estado dos rios estudados.
A formação feita aos professores das escolas e países envolvidos no programa, esteve a cargo do Departamento de Biologia e Biodiversidade da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, que criou as condições para o trabalho científico na área da Ecologia/Biologia, orientando na adoção de metodologias científicas para o estudo dos rios e ribeiros e quais as condições para a adoção de um troço de rio. O Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UN de Lisboa, orientou na criação dos recursos pedagógicos para a preservação da história e cultura das memórias dos rios e ribeiras.
Como atividades principais deste projeto de escola, para o ano 2019/2021 foram programadas diversas ações junto dos alunos e da comunidade, começando pela criação de um logotipo representativo do projeto EcoMondego - AECO, saídas de campo para ancoragem dos instrumentos de captação destinados à posterior análise da decomposição foliar - responsável pelos ciclos de nutrientes e manutenção das comunidades aquáticas, o Plogging para a preservação e despoluição do rio com as Patrulhas do Mondego e abertura à comunidade para o voluntariado ambiental e participação social na proteção e conservação dos ecossistemas ribeirinhos e, finalmente, a participação no Concurso curtas-metragens - CineEco Seia.
unesco2.jpgEndereços do projeto EcoMondego:
http://www.livingriver.eu
https://aspea.org
https://twitter.com/LivingRiver2?lang=en
https://www.youtube.com/channel/UC8qf4NWc8xh2XfqGf442ZJQ
https://www.instagram.com/livingriverproject/
https://www.facebook.com/LivingRiver2018a2021
http://www.aecoimbraoeste.pt/
https://www.facebook.com/EcomuseuMondego
http://www.aecoimbraoeste.pt/index.php/ecomdego1
O projeto transversal PES, em conjunto com múltiplos parceiros, trabalha diversas áreas no âmbito da saúde física e mental, na promoção de estilos de vida saudáveis e prevenção de comportamentos de risco relativas à alimentação e atividade física, educação sexual e prevenção das ISTs, consumo de substâncias psicoativas, violência em contexto escolar e doméstica, igualdade de género, direitos humanos, comemorações dos dias UNESCO em coordenação com o coordenador UNESCO da escola. Neste âmbito, a reprodução do texto escrito pelo aluno Gabriel Brito de 16 anos do AECO, relativo à campanha "Direitos Humanos nos Tempos da COVID-19 - Projeto Triplo D, promovido pela Caritas Diocesana de Coimbra, (parceira do AECO) reflete o interesse que os alunos demonstram pela temática.
Campanha "Direitos Humanos nos tempos da COVID-19" - Projeto Triplo D
Diálogo entre o desinfetante e o vírus da COVID-19
Era uma vez um planeta a quem chamavam de azul que começava a ficar cada vez mais cinzento. Este planeta era habitado por várias espécies animais, mas uma, particularmente, dominava: os humanos. Já adivinharam que estou a falar do planeta... Isso mesmo, do planeta Terra.
Os humanos tratavam mal o planeta. Retiravam dele tudo o que precisavam e não precisavam e no seu lugar deixavam lixo, gases, morte...
Um dia, apareceu um vírus desconhecido, um bichinho invisível para os humanos que começou a atacar pessoas de todo o mundo. Em pouco tempo, o mundo ficou infetado. O medo instalou-se e as pessoas começaram a perder a esperança...
- Isto é o fim do mundo! Diziam uns.
- A minha mãe falava de uma gripe espanhola que há muitos anos matou tanta gente - dizia a bisavó do João. Eu estudei isso, dizia o João. Isso e as pestes. Isto é como a peste. Tenho medo!
- Eu também! - respondeu a bisavó.
Eis senão quando, surgindo do nada, aparece um misterioso herói: o Super desinfetante! VC19 - Ah! Ah! Ah! Com que então este é que é o vosso herói?! Pensava que era mais forte! SD - As aparências iludem e nem sempre é o mais forte quem vence! Por vezes os mais pequenos, ou aqueles que aparentemente são mais frágeis, surpreendem-nos. Explica-me, por que estás a fazer isto às pessoas? VC19 - Eu estou a fazer isto pelo bem do planeta Terra. SD - Pelo bem do planeta? O que é que esta destruição massiva tem a ver com o bem do planeta? VC19 - Tem tudo a ver. O Homem é o maior problema. Está a destruir tudo, o seu habitat, o habitat dos outros seres vivos, já para não falar das espécies que se extinguiram e das que estão em vias de extinção. Eu cá prefiro proteger os parasitas a desculpar o Homem! SD - Até podes ter razão, mas o Homem também é um ser vivo e tem vindo a mudar. Já começa a construir coisas que não poluem o ambiente, a usar energias renováveis... VC19 - Quanto à energia, até aceito que se tem esforçado um pouco, mas.. e os animais em via de extinção? Não continuam a ser perseguidos e mortos por puro prazer e ganância dos humanos? SD - Podes ter razão em tudo o que dizes, mas será preciso acabar com a espécie humana? Nem todos os humanos são iguais! Muitos lutam para preservar a natureza, sentem-se parte dela e respeitam-na, assim como respeitam as outras espécies. VC19 - Repara como, neste pouco tempo de estado de emergência, ao diminuírem os carros nas cidades, os aviões, a produção em muitas das fábricas poluentes, o ar já está mais limpo, o céu mais azul. O planeta doente começa a recuperar. Não! Não me interessa se, como dizes, "nem todos os humanos são iguais", por uns pagam todos! SD - Mas isso é injusto! VC19 - A vida é injusta. O Homem é um parasita que está a dar cabo do planeta. SD - Mas tu disseste que preferias proteger os parasitas a desculpar os humanos e, no entanto, o Homem é um parasita, pelo que tu dizes. VC19 - Não era bem isso que eu queria dizer. SD - Tudo bem, mas disseste-o. Pelo menos dá mais uma oportunidade ao Homem. É só o que te peço. VC19 - (fica a pensar por um momento) Hummmmm! Bem, vou fazer o que dizes, mas se o Homem voltar a prejudicar o planeta, eu vou acabar o que comecei. Com o passar do tempo, o Homem voltou à sua vida normal. Normal, normal, não direi. Felizmente, apercebeu-se do que estava a fazer de errado e mudou de atitude face à Natureza. Aí, aos poucos e poucos, o planeta foi voltando a ser azul... Bem, pelo menos era assim que eu queria que a história acabasse. Afinal, como se costuma dizer: a Esperança é a última a morrer e eu quero ter Esperança na espécie humana.
José Manuel Albuquerque Moura Relvas | Gabriel Brito
O coordenador UNESCO da escola associada Escola Secundária de D. Duarte | 16 anos, AECO, gabrielgbrito04@gmail.com
 
 
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