Cultura de Responsabilidade
Educação: Exames nacionais nos 4º, 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos
O Governo PSD/CDS-PP vai
generalizar a avaliação nacional, passando a haver provas nacionais
para os 4.º, 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos, segundo o programa
entregue no Parlamento.
O Executivo de Pedro Passos Coelho
quer uma "cultura de transparência orientada para resultados" e,
para isso, vai avançar na "definição de metas para a redução do
abandono escolar, melhoria do sucesso escolar em cada ciclo de
ensino e aumento da empregabilidade dos jovens".
O documento prevê a "generalização
da avaliação nacional: provas para o 4.º ano; provas finais de
ciclo nos 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final; exames
nacionais no 11º e 12º anos".
Por outro lado, vai ser criado um
"sistema nacional de indicadores de avaliação da Educação, em linha
com as melhores práticas internacionais, garantindo transparência e
confiança aos cidadãos e incentivando as famílias a tomar decisões
mais informadas no exercício da sua liberdade de escolha".
O executivo pretende "desenvolver e
consolidar uma cultura de avaliação a todos os níveis do sistema de
ensino" e vai, para isso, criar "uma unidade autónoma e
independente, com competências científicas em várias áreas, de
forma a conceber a aplicar provas e exames nacionais validados,
fiáveis e comparáveis". Tal medida poderá significar a extinção do
atual Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), como muitas vezes o
agora ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu.
Está igualmente prevista mais
estabilidade, autonomia técnica e funcional ao serviço de provas e
exames nacionais, bem como a implementação de "uma política de
avaliação global, incidindo não apenas sobre os professores, mas
também sobre a escola, os alunos e os currículos".
Por outro lado, o Governo vai rever
o modelo de contratualização da autonomia das escolas, passando
este a assentar "em objetivos e incentivos definidos pelo
Ministério e pela comunidade escolar, de forma a que as escolas se
possam abrir a projetos educativos diferenciados e credíveis".
Em matéria de credibilização, o
Programa Novas Oportunidades é também um alvo e o programa do
Governo prevê a sua reestruturação "com vista à sua melhoria em
termos de valorização do capital humano dos portugueses e à sua
credibilização perante a sociedade civil".
O programa do Governo prevê o
desenvolvimento e o aperfeiçoamento do ensino pré-escolar através
do alargamento da rede, "que constitui um fator de equidade no
progresso educativo dos alunos", e da aposta na articulação entre o
ensino pré-escolar e o ensino básico.
Por outro lado, PSD e CDS-PP querem
melhorar a qualidade das aprendizagens no 1.º ciclo, objetivo que
será cumprido através do reforço da aprendizagem do Português e da
Matemática, da reavaliação e ajustamento do Plano Nacional de
Leitura ou da avaliação das atividades de enriquecimento
curricular.
Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico