Instituto Politécnico de Castelo Branco
Doutoramentos nos politécnicos
O presidente do Instituto
Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, defende que os
institutos politécnicos deveriam "poder lecionar esses
doutoramentos. É inadmissível que o critério que é apresentado para
podermos lecionar cursos de doutoramentos é o da designação! Isto
quando há muitas áreas no ensino politécnico que estão melhor
capacitadas para ministrar doutoramentos que as universidades".
É nesta perspetiva que Carlos Maia
defende que os institutos ministrem toda a fileira de formação, que
"vai desde os cursos especializados de nível 5, licenciatura,
mestrados e doutoramentos".
No caso concreto do Instituto
Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, assegura que em
"algumas áreas há condições para a realização de cursos de
doutoramento, como nas ciências agrárias ou nas tecnologias. Não
queremos facilitismos, queremos ser avaliados com o mesmo rigor com
que a A3ES avalia as universidades".
A designação das instituições
politécnicas é também por isso outro aspeto que Carlos Maia
gostaria de ver alterado. "Esta já não é uma questão nova pela qual
o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos
(CCISP) tem lutado, de forma a que a designação seja de
Universidades de Ciências Aplicadas, alinhando esse nome com o que
acontece no resto da europa".
Esta tomada de posição do CCISP
está relacionada com "aquilo que o ensino superior politécnico tem
feito no nosso país está alinhado com o que é feito nos outros
países da europa. A investigação que fazemos está relacionada com o
mercado de trabalho, com o objetivo de resolver os problemas das
empresas. Entendemos, por isso, que seria vantajoso a alteração da
designação para universidades de ciências aplicadas. Ainda há muito
preconceito em Portugal sobre a designação das instituições"