Centro de Neurociências e Biologia Celular
Coimbra desenvolve vacina antiterrorismo
Uma equipa
de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular
(CNC) e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC)
desenvolveu uma vacina nasal para cenários de ameaça fatal de
bioterrorismo com antraz, que poderá vir a ser administrada por
qualquer pessoa numa situação de perigo público.A vacina nasal
desenvolvida pela equipa da UC atua no local onde o antraz é
inalado, impede que ocorra infeção e desenvolvimento da doença numa
fase mais precoce, podendo ser mais eficaz do que uma vacina
injetável. A introdução no mercado de uma vacina deste tipo poderá
dissuadir a utilização de armas biológicas com antraz.O trabalho de
três anos, liderado pela investigadora do CNC e docente da
Faculdade de Farmácia da UC, Olga Borges, deu origem a "uma vacina
nasal contra o antraz inalado que promove a produção de anticorpos
protetores nas mucosas, formando uma barreira à entrada do antraz
na corrente sanguínea". A vacina nasal desenvolvida na UC foi
testada com êxito em animais de laboratório, mas são necessários
novos estudos para confirmar a sua eficácia em humanos. A
formulação desenvolvida poderá ser aplicada a outras vacinas, tais
como a vacina contra a hepatite B.