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ESTCB cria
Robô que ajuda idosos

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O Laboratório de Robótica da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco está a criar um protótipo de um robô capaz de interagir com pessoas e ajudá-las em situações em que estejam mais debilitadas, sobretudo junto de idosos, podendo mesmo servir para emitir alertas junto de familiares ou do cuidador, se detetar falta de respostas por parte da pessoa com quem está a interagir.

Paulo Gonçalves, responsável por aquele laboratório, explica que este projeto surge na sequência de um outro, já testado nas santas casas da Misericórdia de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão. O projeto inicial evoluiu para um robô mais autónomo, que não necessita de controlo remoto e que já identifica objetos.

Esta aposta do Laboratório da EST está a chamar a atenção junto da comunidade científica internacional. No final de maio, a equipa albicastrense composta por Paulo Gonçalves, docente da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, e pelos engenheiros industriais Bernardo Lourenço e Samuel Santos conquistou a segunda posição no European RoboCup@Home Education Challenge 2019, realizado em Trieste, Itália, com um robô desenvolvido no âmbito do projeto EuroAGE, no qual são investigadores.

O resultado, no entender do responsável pelo Laboratório de Robótica da EST, pode ser um bom indicador para o projeto albicastrense em futuras competições internacionais. De resto, nesta prova a formação de Castelo Branco ficou apenas atrás da Universidade Rei Juan Carlos, de Espanha.

Outra das mais-valias do projeto apresentado em Itália diz respeito ao facto do robô ter sido totalmente desenvolvido pela equipa do Politécnico albicastrense. Todas as outras formações oriundas de Itália, Áustria, Espanha, Portugal, Hungria e México, utilizaram plataformas robóticas comerciais. Este facto garantiu ao Laboratório da EST um prémio especial do júri pelo desenvolvimento do robô.

Paulo Gonçalves explica que o "robô apresentado em Itália tem a funcionalidade de ser telecomandado para realizar juntamente com o idoso jogos tradicionais de modo a estimular o envelhecimento ativo a nível cognitivo. Permite ainda iniciar um diálogo simples com idoso para aferir o seu estado, utilizando perguntas tipificadas; monitorizar o estado do idoso, por exemplo verificar se caiu; ajudar a identificar a localização de objetos do dia-a-dia; ajudar a transportar objetos; e realizar videochamadas com cuidador/familiar".

O investigador albicastrense diz que este robô vai evoluir no âmbito de um outro projeto, também já com financiamento garantido, ao abrigo da robótica humanitária. "O novo protótipo é uma evolução deste último, de forma a ser mais acessível, ter novas funcionalidades, como andar sozinho, sem controlo remoto", revela.

Paulo Gonçalves adianta que em junho, será feito um estudo na Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão. "Dentro de um ano os testes piloto estarão concluídos e o robô estará pronto para entrar na casa das pessoas. Queremos que o robô tenha a robustez necessária para estar na casa das pessoas durante largos períodos", justifica.

 
 
 
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