Universidade

Monitorização global da biodiversidade
UMinho integra revolução

Filipe_Costa.jpgA Universidade do Minho representa Portugal no Bioscan, o programa revolucionário de inventariação e monitorização da biodiversidade à escala global, baseado na análise de segmentos padronizados do ADN. O projeto envolverá mais de mil investigadores de 31 países e tem um financiamento de 180 milhões de euros para os próximos sete anos. A iniciativa surge face ao forte declínio da biodiversidade e à urgência desta ser integrada nos modelos socioeconómicos, no quadro de um comércio cada vez mais global.

O Bioscan permitirá a descoberta de plantas, animais, fungos, algas e seres unicelulares a um ritmo sem precedentes, além de aprofundar o conhecimento das simbioses entre as espécies e permitir monitorizar à escala global a dinâmica das comunidades biológicas. O sistema de identificação baseia-se em códigos de barras de ADN, análogos aos códigos de barras dos produtos comerciais, ao definir para cada espécie um conjunto específico de carateres genéticos.

"Conhecemos cerca de dois milhões de espécies, mas estima-se existirem possivelmente entre 10 a 20 milhões, há um trabalho gigante por fazer. Por isso, esperamos até 2026 compilar códigos de barras de ADN de pelo menos os cerca de dois milhões de espécies formalmente reconhecidas, revelando pelo caminho numerosas novas espécies", refere Filipe Costa, investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) e professor do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho.

Por via da expansão da biblioteca global de códigos de barras de ADN, o BIOSCAN vai auxiliar na verificação da autenticidade de alimentos, na deteção facilitada de pragas agrícolas, no controlo de produtos nas alfândegas, na bioprospecção e na conservação da biodiversidade.

 
 
 
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