Ensino superior: haverá mais mil camas para os estudantes e o alojamento local pode ser solução
O Ministério da Ciência e Ensino
Superior anunciou, no passado dia 8 de julho, que para o próximo
ano letivo estarão disponíveis mais mil camas no alojamento para os
estudantes do ensino superior. A tutela fala nas pousadas de
juventude e lança como hipótese o alojamento local.
Segundo
números apresentados pelo secretário de Estado, no próximo ano
letivo haverá cerca de mil camas novas ou que foram entretanto alvo
de melhorias.
"Dependendo
do que vão ser as orientações da Direção Geral de Saúde sobre as
normas a aplicar em residências, que terão de ser seguidas por
todas a instituições, apontaremos para uma oferta da MoviJovem, que
é cinco vezes maior que no ano passado: Serão 500 camas em Pousadas
da Juventude", anunciou Sobrinho Teixeira.
A este meio
milhar, somam-se "mais 638 camas que as Instituições de Ensino
Superior (IES) vão poder disponibilizar no próximo ano letivo para
os estudantes", graças a protocolos celebrados com diversas
entidades, desde centros sociais e paroquiais, a dioceses e câmaras
municipais, acrescentou.
O secretário
de Estado considerou que se trata de um "aumento robusto", mas
reconheceu que gostaria de mais: "Todos desejamos mais e neste
momento estamos a equacionar a oferta em termos de alojamento local
e de oferta privada, nomeadamente de 'hostels'", tendo em conta a
redução da pressão turística provocada pela pandemia de
covid-19.
O secretário
de Estado reafirmou que todas as ofertas irão cumprir as futuras
orientações da DGS.
Também o
ministro salientou que as residências de estudantes irão cumprir
essas regras, acreditando que tal não se irá traduzir numa redução
significativa de camas.
"Hoje, a
quase totalidade dos quartos duplos já têm as camas a distâncias
superiores de um metro e meio que é hoje a norma validada ao nível
da Organização Mundial da Saúde e, portanto, é normal que seja a
orientação que a DGS vá dar", disse Manuel Heitor.
Para o
ministro, mais grave do que o cumprimento das regras dentro dos
estabelecimentos de ensino ou das residências, que considera serem
"situações de controlo", serão os "lugares de acesso livre, como os
lugares de convívio, os corredores, os bares ou as cantinas do
ensino superior". Ali, disse ver uma "situação critica do
controlo".
O ministro
lembrou que em setembro do ano passado houve um aumento de "mais
495 camas", no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino
Superior que prevê um "aumento de 12 mil camas até ao final da
legislatura".